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Em discurso, Erick Musso destaca conquistas à frente da Mesa Diretora

Em discurso, Erick Musso destaca conquistas à frente da Mesa Diretora

Deputado diz que ao lado do governo, Assembleia forma uma grande orquestra, atenta à partitura das demandas do povo

Publicado em 1 de janeiro de 2019 às 19:51

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Erick Musso discursa na Assembleia. (Carlos Alberto Silva)

Durante a cerimônia de posse do governador Renato Casagrande (PSB), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Erick Musso (PRB), destacou suas principais conquistas à frente da Mesa Diretora da Casa, como a criação do Procon, Delegacia de Defesa do Consumidor, Procuradoria da Mulher, além do pagamento do reajuste de 11,98%, uma reivindicação antiga dos servidores da casa.

A gestão de Erick termina em fevereiro, quando uma nova eleição para a Mesa Diretora será realizada, na nova legislatura. O deputado poderá concorrer à reeleição.

Confira na íntegra o discurso de Erick Musso na Assembleia:

"Vivemos tempos difíceis.

As pessoas já não se enxergam mais na política e, muitas delas, já não veem o próprio regime como o grande promotor das transformações sociais de que precisamos.

É sintomático. Preocupante. Mas reversível.

Em "As Origens do Totalitarismo", a filósofa Hannah Arendt divaga, de forma polêmica, sobre como a via totalitária depende da banalização do terror e da manipulação das massas para existir. As semelhanças com os cenários que temos visto de alguns anos para cá não é mera coincidência.

A mesma escritora que parece ter videnciado esses tempos modernos defende a importância do pluralismo político, com tolerância e respeito às diferenças. E esse é um dos princípios básicos das democracias modernas, pois é entendido como a ausência de uma visão da sociedade definida por um só grupo ou por uma só pessoa: o totalitarismo.

E quando eu digo que o quadro é preocupante mas reversível, é a esse pensamento de Hannah Arendt que me refiro. A divergência de pensamento é muito salutar na política. Mas os objetivos finais precisam convergir. É como em uma grande orquestra: os instrumentos são diferentes, mas as notas musicais precisam ser as mesmas para que a sinfonia saia perfeita.

E é isso que os capixabas esperam deste próximo Governo e da próxima Assembleia: uma melodia que seja não só atraente aos ouvidos, mas que faça sentido.

O governador Renato Casagrande, que já governou este Estado por quatro anos, deu mostras suficientes de sua capacidade de gestão, equilíbrio e articulação política capazes de fazer o Espírito Santo avançar. Os capixabas renovaram em outubro suas esperanças e deram seu voto de confiança a este governador que hoje é empossado pelas mãos dos 30 deputados e deputadas desta augusta casa, que, tenho certeza, dará todo o suporte para que este governo que se inicia hoje continue orgulhando a todos os capixabas.

Um Estado que já orgulha sua gente por dar aula em política fiscal, ter as contas organizadas e ser referência em educação.

Há eminentes avanços a serem concretizados, principalmente nas áreas sociais, de segurança pública e saúde. E aí destacamos a responsabilidade do time montado pelo governador Renato Casagrande e a quem quero pedir uma salva de palmas.

Este time, que está aqui presente, terá como responsabilidade executar todas as políticas públicas de transformação da vida dos capixabas nos próximos anos: o avanço sobre o desemprego, a discussão do tratamento de dependentes químicos, o esporte como promoção da igualdade, a segurança como mola mestra do bem-estar social, a educação e a saúde como necessidades fundamentais do cidadão, entre tantas outras.

Serão anos difíceis. A crise econômica ainda se exibe no horizonte – embora com menos musculatura – e, por isso, ressalto a necessidade e a importância de um olhar mais cuidadoso com as contas públicas e o investimento em políticas sociais. Este é o meu pedido ao secretariado, e falo em nome dos meus colegas deputados e minhas colegas deputadas quando friso que podem contar com esta casa na adoção de medidas que ajudem o Espírito Santo a enfrentar os dias difíceis. Aqui, muitas vezes divergimos nas opiniões, mas nosso cuidado com a melodia perfeita é grande.

Meu desejo é que a nova Assembleia, que toma posse daqui a trinta dias, continue sendo esta Casa que se preocupa, acima de tudo, com os interesses da sociedade. Nessa mesma toada, espero que a próxima mesa diretora, e não obstante o próximo presidente, tenham o mesmo compromisso social que tivemos ao longo dos dois últimos anos. E que estejam alinhados com o Palácio Anchieta e o governador eleito que ora toma posse, mas que, sobretudo, estejam em consonância com os interesses das cidadãs e dos cidadãos capixabas.

E é importante destacar que mesmo com um orçamento 17 milhões de reais menor que do ano anterior, esta mesa diretora assumiu em fevereiro de 2017 com a importante missão de abrir as portas desta casa para a população.

E conseguimos.

Hoje temos Procon, Delegacia de Defesa do Consumidor, Procuradoria da Mulher, Posto de Identificação, um novo estacionamento, restaurante reaberto. E ainda tem mais: ampliamos a Secretaria de Comunicação, integramos todos os sistema da casa com a rede wi-fi implantada nesta gestão, limpamos a pauta de mais de mil processos parados na procuradoria e também a pauta dos servidores desta casa, parada há anos.

Pagamos os 11,98%, aprovamos projetos de regime de progressão de carreira, criamos o auxilio-creche... tudo isso com 17 milhões de reais a menos e cortando mais 5 milhões de reais em gratificações, economia com energia e papel. Nosso sistema hoje é todo digital, o que confere mais rapidez e transparência nos atos da casa. Somos a primeira Assembleia totalmente digital do Brasil, a primeira em transparência e a segunda em menor custo proporcional.

Tudo isso graças a um olhar moderno de gestão e ao apoio dos meus pares deputados e deputadas.

O Espírito Santo tem exibido uma mistura interessante entre novas e experientes cabeças na política. Muitos dos deputados que tomarão posse em breve são jovens como eu. Outros tantos, mais experientes, também compartilham dessa nobre missão de representar o povo do nosso Estado em suas mais diferentes bases e tipificações.

Lideranças que têm surgido para suprir uma carência de oxigenação de ideias na política. E essa é outra necessidade: o capixaba precisa participar mais da política. E cabe a nós esse incentivo. Grandes nomes estão nos deixando. Alguns, se aposentando, outros, indo de forma natural ou mesmo trágica. A menos de uma semana perdemos, de forma triste e brutal, o ex-governador Gerson Camata, reconhecido por abrir os caminhos para o desenvolvimento no interior.

Caminhos seguidos pelo governador Paulo Hartung e pelo governador Casagrande, que investiu nos caminhos do campo e nessa gente trabalhadora. Sou do interior e sei da necessidade de um olhar especial para o ambiente rural.

Fica aqui mais um pedido ao governador: como o senhor fez em seu último mandato, continue olhando para o homem e a mulher do campo. Eles têm uma importância singular e incalculável para os grandes centros.

Essa mistura entre o novo e o experiente vai fazer o Espírito Santo crescer ainda mais. A participação da Assembleia nesse processo é fundamental.

Juntos, formamos uma grande orquestra. Somos instrumentos diferentes da representação popular, mas atentos à mesma partitura: as demandas do povo capixaba.

Meu desejo é que daqui a quatro anos possamos olhar para trás e ver o lindo soneto que , todos nós, deixamos escrito e musicado para os próximos governos que virão. Porque não há, na política, bem maior que não sejam a construção coletiva e as transformações sociais que podemos fazer se estivermos, todos, na mesma sintonia.

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