O senador Marcos do Val (PPS), que é um dos integrantes da Comissão de Relações Exteriores do Senado, foi um dos quatro parlamentares que pediu ao presidente do colegiado, Nelsinho Trad (PTB), para relatar a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) à embaixada brasileira em Washington (EUA). O senador já havia sido crítico à possibilidade de o filho do presidente receber o título de chefe de missão diplomática.
Procurado pela reportagem, o senador minimizou, explicando que o pedido foi antes do recesso, logo quando se cogitou a possibilidade de Eduardo ser indicado. "Pedi só por formalidade, não é que estou brigando pela relatoria. O Nelsinho tinha dito que seria para outro senador, e assim ficou. Não estou contra o governo, só estou com um pensamento para auxiliar o governo a não errar".
Logo após as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de que indicaria o filho, o senador afirmou que a embaixada é estratégica e requer um diplomata com muita consciência. "Eu peço que o presidente da República possa reavaliar essa posição, essa possibilidade de indicar o seu filho, que é uma pessoa que não tem essa experiência", disse.
De acordo com o colunista Lauro Jardim, do "O Globo", entre os quatro senadores que se candidataram estão Randolfe Rodrigues (Rede), também contrário à possibilidade, e Chico Rodrigues (DEM) e Roberto Rocha (PSDB), ambos afinados com o Palácio. O favorito seria Rodrigues. Além de ser vice-líder do governo, Rodrigues tem serviços prestados à família: empregou em seu gabinete o famoso Leo Índio, primo dos filhos de Bolsonaro, de acordo com o colunista.
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