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Defesa de Temer: Prisão sem prova fere lei para tentar exibir troféu

Defesa de Temer: Prisão sem prova fere lei para tentar exibir troféu

Advogado que defende Temer, divulgou nota na tarde desta quinta-feira em que classifica a prisão do cliente como sendo um "dos mais graves atentados ao estado democrático e de direito no Brasil"

Publicado em 21 de março de 2019 às 20:07

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O ex-presidente Michel Temer é abordado pela Polícia Federal no meio de avenida do Rio; ele foi preso. (Reprodução/TV Globo)

O advogado Eduardo Carnelós, que defende o ex-presidente Michel Temer, divulgou nota na tarde desta quinta-feira (21) em que classifica a prisão do seu cliente como sendo um "dos mais graves atentados ao estado democrático e de direito no Brasil".

"Os fatos objeto da investigação foram relatados por delator, e remontam ao longínquo primeiro semestre de 2014. Dos termos da própria decisão que determinou a prisão, extrai-se a inexistência de nenhum elemento de prova comprobatório da palavra do delator, sendo certo que este próprio nada apresentou que pudesse autorizar a ingerência de Temer naqueles fatos", diz Carnelós.

A defesa diz que os fatos usados para a prisão de Temer são alvo de recurso que está em apreciação no Supremo Tribunal Federal.

"Aliás, tais fatos são também objeto de requerimento feito pela procuradora-geral da República ao STF (Supremo Tribunal Federal) e o deferimento dele pelo ministro Roberto Barroso, para determinar instauração de inquérito para apurá-los, é objeto de agravo interposto pela defesa, o qual ainda não foi julgado pelo Supremo", diz o advogado.

Carnelós diz que a prisão de seu cliente serve como troféu e que as instâncias superiores do Judiciário devem rechaçar o que ele considerou "tamanho acinte".

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"Resta evidente a total falta de fundamento para a prisão decretada, a qual serve apenas à exibição do ex-presidente como troféu aos que, a pretexto de combater a corrupção, escarnecem das regras básicas inscritas na Constituição da República e na legislação ordinária."

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