> >
Defesa de ex-vereadores de Aracruz pede habeas corpus

Defesa de ex-vereadores de Aracruz pede habeas corpus

Seis ex-vereadores e um ex-secretário de Aracruz foram presos na semana passada por corrupção e formação de quadrilha

Publicado em 23 de janeiro de 2019 às 01:01

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Câmara Municipal de Aracruz: ex-vereadores condenados foram presos. (TV Gazeta Norte)

A defesa de quatro das seis pessoas presas na última quarta-feira (16) – incluindo ex-vereadores e um ex-secretário municipal – acusadas de receber propina de uma empresa que prestava serviços de coleta e transporte de lixo no município de Aracruz ingressou com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça (TJES), a fim de que os réus possam responder em liberdade até que haja o julgamento em segunda instância.

O advogado Apolonio Cometti, que representa os ex-vereadores Ronaldo Modenesi, Jocimar Rodrigues e Paulo Sergio Rodrigues Pereira, além do ex-secretário de Infraestrutura e Transportes Ismael da Ros Auer, afirma que a defesa tem como argumento o fato de que os representados responderam por todo o processo em liberdade sem oferecer riscos, podendo assim, seguir soltos. Acusados de corrupção e de formação de quadrilha, cada um foi condenado a 24 anos e 11 meses de prisão.

"Fizemos um pedido liminar porque se trata de uma situação ímpar, já que a regra é responder em liberdade até o segundo grau de jurisdição. Se a Justiça não acolher, teremos uma situação em que os condenados começarão a cumprir a pena a partir do primeiro grau de jurisdição e aí caberá recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e depois ao Supremo Tribunal Federal (STF)", pontuou Cometti.

Os seis ex-vereadores e o ex-secretário municipal de Aracruz foram presos na última quarta-feira (16), em uma operação da Polícia Civil, com apoio da Divisão de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) e do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas (Nuroc).

Segundo denúncia do Ministério Público estadual, todos eles receberam propina entre os anos de 2009 e 2012 por parte da empresa Ambitec, que era contratada pelo município de Aracruz para coletar e transportar lixo. Em troca do dinheiro, os ex-parlamentares fechavam os olhos para irregularidades na contratação e para a qualidade do serviço prestado.

Cada um deles recebia R$ 3 mil mensais como propina, que recebeu o nome de "lixinho". Identificado como o administrador do esquema, o ex-vereador e também ex-deputado estadual Gilberto Furieri era quem distribuía o dinheiro entre os beneficiários. Por esse motivo, seu pagamento mensal era maior, de R$ 5 mil.

Este vídeo pode te interessar

 

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais