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Casagrande diz que pode ter posicionamentos diferentes do PSB na eleição

Casagrande diz que pode ter posicionamentos diferentes do PSB na eleição

Governador do Espírito Santo afirmou que poderá ter "outra posição" em alguns locais e que e que também é necessário "fortalecer aliados"

Publicado em 27 de setembro de 2019 às 18:34

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O governador Renato Casagrande em evento do PSB na Serra. (FJM/Divulgação)

Um dos apoios mais cobiçados para as eleições de 2020, nas prefeituras e Câmaras, o governador Renato Casagrande (PSB) disse que poderá, inclusive, apoiar candidatos diferentes dos apoiados pela sigla: "a posição do partido será uma, e a minha será outra, em alguns locais". O governador participou de um seminário promovido pela Fundação João Mangabeira, do PSB, nesta sexta-feira (27), na Serra, após ter retornado de uma missão de sete dias na Itália, para participar da Feira Internacional de Comércio de Pedras, Design e Tecnologia.

Segundo Casagrande, o próximo pleito será uma oportunidade particular de fortalecer o PSB no Estado, mas também de consolidar os aliados.

"Tenho discutido pouco as questões eleitorais, é o presidente estadual (Carlos Roberto Rafael) que conduz isso. Mas o partido vai se comportar como sempre se comportou, tentando eleger o maior número de prefeitos, vices e vereadores. É preciso compreender que precisamos de resultado do partido, mas também de fortalecer aliados. O PSB vai ter que ter essa compreensão de que em alguns locais vai ter o apoio de aliados, e em outros vai ter que apoiar aliados", afirmou.

O presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, que também esteve no evento no Espírito Santo, apontou que a diretriz nacional é dar prioridade às candidaturas nas capitais e cidades onde há 2º turno. "Temos muitos pré-candidatos, em capitais, como São Paulo, com Márcio França, Curitiba, com Luciano Ducci, Goiânia, que tem Elias Vaz, Recife, com João Campos... Há muitas candidaturas em cidades grandes, mas certamente teremos pelo menos mais de 1.000 candidatos em todo país."

Questionado sobre a necessidade de uma candidatura própria em Vitória, Siqueira pontuou que a decisão sobre ter ou não candidato é de cada município, e a direção nacional examinará apenas as coligações.

"A política de alianças, em matéria de eleição municipal, em um sistema político altamente pulverizado, precisa ser o mais ampla possível, porque isso cada município vai decidir qual será a aliança necessária para viabilizar seus candidatos. Preferencialmente com os partidos de centro-esquerda, democráticos, mas nos municípios elas precisam ser analisadas à luz de cada realidade", defende.

NOMES PARA VITÓRIA

Diante desta importância dada pela nacional às capitais, Casagrande afirmou que seu apoio poderá ser, inclusive para candidatos de outras siglas. "O PSB tem hoje pelo menos dois nomes bem colocados, que é o de Sérgio Sá e o de Sérgio Majeski. São dois líderes importantes, um é vice-prefeito, o outro é deputado. O PPS tem o Fabrício Gandini, pode ter outros aliados."

E completou: "A posição do partido será uma, e a minha será outra, em alguns locais. Pode ser que em alguns eu apoie mais de um candidato, pode ser que eu fique fora do processo eleitoral. Vai chegar a hora certa para definir, vamos ver quem de fato conseguiu se viabilizar, tem bom recall, perspectiva de ter votação boa. Isso tudo será ponto de avaliação", disse.

MISSÃO

A ida para a Feira Internacional de Comércio de Pedras, Design e Tecnologia (Marmomac 2019) na Itália resultou em um acordo comercial com a Câmara de Comércio Ítalo-brasileira, além do acerto para um outro acordo de cooperação comercial, cientifica e cultural com a Região do Vêneto, contou Casagrande.

"O Espírito Santo já tem uma relação bem consolidada com o Norte da Itália, com o Vêneto, especialmente, mas com a Lombardia também. Muitas empresas capixabas atuam lá, e muitas companhias de lá atuam aqui. Só na feira, foram 40 empresas capixabas. Tem empresas que possuem depósito lá, distribuição de material. Tive a oportunidade de conversar com os governadores dessas regiões, com a Câmara de Comércio Brasil-Itália, contato com empresários de todo Brasil", contou Casagrande.

Segundo ele, ao estreitar essas relações comerciais, se fortalece aquilo em que o Espírito Santo precisa avançar, que é "se vender" mais para o Brasil e para fora do país.

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"Foi para atrair investimentos e levar nossas empresas para fora também, porque a gente também tem que querer que nossas empresas possam expandir para outras regiões, e na hora que a gente se encontra com esses empresários italianos e brasileiros, criamos uma relação entre eles. A presença do governador faz com que as pessoas se encontrem", defende.

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