Publicado em 21 de setembro de 2020 às 16:47
Em meio a incêndios recorrentes na Amazônia e no Pantanal, principalmente nas últimas semanas, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), criticou, nesta segunda-feira (21), o "negacionismo" do governo federal, comandado por Jair Bolsonaro (sem partido). A data marca o Dia da Árvore. >
"Nunca tivemos tanto desmatamento e tantas queimadas como agora. O Dia da Árvore é hoje, mas não temos muitos motivos para se comemorar. Sei que é difícil controlar focos de incêndio e desmatamento em um país do tamanho do Brasil. Mas a minha crítica é ao negacionismo. A falta de reconhecimento sobre o que está acontecendo assusta", disparou Casagrande. >
Enquanto o Espírito Santo subiu duas posições no ranking de sustentabilidade ambiental, agora ocupando o quarto lugar, atitude do governo federal contribui para uma situação catastrófica no país, de acordo com o governador.>
Renato Casagrande (PSB)
Governador do Espírito SantoAs declarações do governador foram externadas em transmissão ao vivo para o lançamento do Programa Estadual do Carbono, que permitirá a negociação de créditos de carbono por produtores rurais. >
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Na sexta-feira (18), durante passagem por Mato Grosso, Bolsonaro afirmou que há "alguns incêndios acontecendo pelo Brasil", mas que, segundo ele, ocorrem há anos. >
A mesma linha de raciocínio foi apresentada pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, que, também naquele dia, chamou as queimadas na Amazônia de o "coelho da vez", usado para "induzir o espectador" como um truque de mágica. O general afirmou que o Brasil é o país "que menos desmatou na história da humanidade". >
De acordo com dados do Instituto Nacionais de Pesquisas Espaciais (Inpe), do próprio governo federal, no entanto, houve crescimento do número de queimadas na Amazônia. Já o Pantanal tem o setembro com mais focos de incêndio de toda a história.>
A crítica ao posicionamento das autoridades chegou a ser reforçada por Casagrande por meio de postagens nas redes sociais realizadas na manhã desta segunda.>
O governador frisou ainda que a destruição da cobertura florestal precisa ser amplamente debatida "para chamarmos a atenção da sociedade sobre os efeitos danosos da destruição dos recursos florestais e uma ação bem articulada entre todos os níveis da administração pública para a proteção do planeta.">
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