Publicado em 11 de junho de 2019 às 19:28
Após celebrar um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Estadual (MPES), o empresário Marcelo Marcondes Soares, alvo da Operação Rubi, deixou o Centro de Detenção Provisória de Viana 2, por volta das 23 horas da última sexta-feira (07). Ele estava preso preventivamente e negociava a delação.>
O alvará de soltura foi expedido pela 2ª Vara Criminal de Vitória, conforme apurou o Gazeta Online. O empresário, que vive no Rio de Janeiro, responderá em prisão domiciliar. Uma das condições para ele sair do presídio foi se submeter ao monitoramento por tornozeleira eletrônica.>
Segundo investigação do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), Marcondes Soares foi flagrado levando mochila com dinheiro vivo à prefeita afastada de Presidente Kennedy, Amanda Quinta (sem partido), e ao ex-secretário de Desenvolvimento da cidade, José Augusto de Paiva, companheiro dela.>
Três visitas do empresário ao casal foram monitoradas pela equipe do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPES. Mandados de prisão foram cumpridos após a última delas, na casa de Amanda e José Augusto. Na ocasião, foram descobertos R$ 33 mil na mochila que ele levava.>
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O órgão ministerial garante que o dinheiro era a propina periódica entregue a José Augusto e Amanda para que a empresa Limpeza Urbana Serviços garantisse contrato e pagamentos na prefeitura, conhecida por concentrar significativa riqueza oriunda de royalties de petróleo e acumular escândalos de corrupção.>
Marcelo Marcondes Soares é uma das sete pessoas contra as quais o MPES ofereceu denúncia criminal. A apuração envolve, ainda, outras três prefeituras: Marataízes, Piúma e Jaguaré. Contudo, a primeira denúncia foca nas descobertas na cidade de Kennedy, como o Gazeta Online publicou com exclusividade.>
A operação foi deflagrada no dia 8 de maio, com a prisão da prefeita e de empresários. Outras pessoas ligadas à empresa Limpeza Urbana seguem presas preventivamente. Entre elas, o motorista de Marcondes que formalmente era sócio da firma, mas, na prática, era apenas laranja do negócio.>
A reportagem telefonou para o advogado de Marcelo e para o próprio empresário. As ligações não foram atendidas.>
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