Três pessoas foram presas em flagrante em uma agência bancária de Vitória suspeitas de abrir contas usando documentos falsos. O trio — formado por dois homens de 37 e 41 anos e uma mulher de 37 anos — tem atuação conhecida em Minas Gerais e veio ao Espírito Santo tentar aplicar o golpe, mas foi preso antes da primeira tentativa. A prisão foi efetuada por uma equipe da Delegacia Especializada de Defraudações (Defa) na última quarta-feira (22).
Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam que o grupo coletava informações, como CPF, identidade, extrato de aposentadoria ou pensão e comprovante de residência, e contratava um falsificador para criar um documento usando informações das vítimas, mas com foto dos golpistas, quem iam às agências.
Titular da Defa, o delegado Douglas Vieira disse que um dos três suspeitos já havia sido preso uma vez no Espírito Santo pelo mesmo crime.
O delegado afirmou que as identidades foram falsificadas em Minas Gerais. Como a prisão ocorreu nas proximidades da agência bancária, que não teve o endereço divulgado, não houve golpe aplicado pelo trio no Espírito Santo.
No momento da abordagem, os suspeitos negaram o golpe e afirmaram que os documentos eram verdadeiros. Apesar da resposta à equipe policial, os três foram autuados por associação criminosa e uso de documento falso. Eles foram encaminhados ao Centro de Triagem de Viana.
Segundo detalhado pelo delegado, nove pessoas foram presas em 2022 no Espírito Santo por esse tipo de golpe. Todas as prisões foram em flagrante. Na avaliação do delegado Douglas Vieira, o crime tem se tornado cada vez mais comum, mas a Polícia Civil aumenta o monitoramento.
O delegado Douglas Vieira aponta que as pessoas devem tomar cuidado com o compartilhamento de informações e dados pessoais. Segundo o delegado, bancos não pedem as informações por telefone, uma vez que os dados pessoais foram compartilhados no momento da abertura de uma conta, por exemplo.
"Cuidado com quem pede informações, com quem oferece empregos. Não fique passando dados e documentos para quem você não conhece", afirma.
Dados como identidade e CPF são importantes para abertura de contas ou falsificação de documentos. Quanto maior o conhecimento dos golpistas sobre as informações, maior o risco para o usuário.
Primeiro, os golpistas pegam os dados de terceiros. Identidade, CPF, comprovante de residência, extrato de aposentadoria/pensão. Idosos e pensionistas normalmente são alvos de grupos.
Com os dados em mãos, os golpistas pagam para falsificar os documentos. As informações pessoais das vítimas são usadas com as fotos dos golpistas.
Após a falsificação dos documentos, os golpistas vão às agências. O delegado Douglas Vieira detalha que a falsificação tem um nível de qualidade a ponto de os funcionários do banco não reconhecerem qualquer tipo de irregularidade.
Com o sucesso na falsificação, os golpistas costumam abrir contas e fazer transferências. Em alguns casos, de acordo com o delegado, eles ainda aproveitam linhas de financiamento e cheque especial.
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