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Suspeito de estuprar enteada é preso em Cariacica

Suspeito de estuprar enteada é preso em Cariacica

Os abusos começaram quando a menina tinha 13 anos. A vítima morava com o padrasto e a mãe, que está foragida. Contra a mãe da vítima existe um mandado de prisão preventiva por omissão ao crime de estupro de vulnerável

Publicado em 23 de julho de 2019 às 16:17

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Sede da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), onde perfurador prestou depoimento antes de ser preso. (Esthefany Mesquita )

Um perfurador de poço artesiano, de 52 anos, foi preso nesta segunda-feira (22) suspeito de estuprar a enteada em Cariacica. Os abusos começaram quando a menina tinha 13 anos. A vítima morava com o padrasto e a mãe, que está foragida.

Os nomes dos suspeitos e bairro não foram informados para não identificar a vítima. Os abusos tiveram início em 2017, mas só em 2018 a polícia teve conhecimento do crime, segundo o delegado titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Diego Aleluia. O perfurador foi preso às 11h.

Segundo o delegado Diego Aleluia, o homem chegou a fugir com a garota para Santa Leopoldina logo depois da denúncia feita por uma vizinha. Além disso, o padrasto planejava sair do Estado com a menina na próxima semana, mas foi impedido pela polícia. As datas não foram informadas para proteger a vítima.

“Foi uma vizinha que denunciou o crime. Ela só descobriu porque a vítima tem uma irmã, que na época foi ameaçada pelo padrasto. Ele jurou bater na menina por uma discussão familiar e a garota disse que, se ele fizesse aquilo, ela contaria para todo mundo o que o padrasto fazia com a irmã mais velha”, contou.

De acordo com o delegado (assista a entrevista abaixo), a mãe da menina, que tinha conhecimento dos estupros, também fugiu após a denúncia, mas a polícia não soube informar para onde ela foi. “Na ocasião, a mãe da vítima deixou a filha mais nova na casa da avó e foi embora deixado o suspeito com a filha”, destacou.

CRIME ACONTECIA DENTRO DE CASA

O delegado afirmou que a menina dormia na cama de casal com a mãe e o padrasto, local onde ocorriam os estupros. “Era ali que tudo acontecia. Ele acordava durante a noite e se dirigia à menina. A mãe só pedia que ele parasse, mas não interveio de forma definitiva”.

A polícia relatou que a garota teria se apaixonado pelo padrasto e, por isso, aceitou fugir com ele. “Nós chegamos a ir lá no interior do Estado há cerca de um mês e meio, mas ele percebeu a movimentação do Conselho Tutelar da região e conseguiu fugir”, pontuou o delegado.

Diego Aleluia contou, ainda, que as investigações duraram cerca de seis meses até encontrar o suspeito. O perfurador conseguiu fugir da polícia pelo menos duas vezes.

DECLARAÇÕES

Delegado Diego Aleluia . (Esthefany Mesquita )

A vítima foi resgatada pelo Conselho Tutelar e entregue ao pai. A polícia destacou que ele não sabia dos abusos que a filha sofria.

Mesmo durante o tempo em que a garota estava com o pai, o suspeito entrava em contato com a menina para se declarar. “Durante as ligações, ele dizia que a amava e fazia convite para que os dois vivessem, juntos. Eles chegaram a marcar de fugir do Estado. A fuga aconteceria na próxima semana”.

A prisão foi realizada pela (DPCA) e contou com o apoio da Superintendência de Polícia Interestadual de Captura (Supic), por mandado de prisão preventiva. O suspeito foi autuado por estupro de vulnerável e encaminhado ao presídio de Xuri, em Vila Velha. Contra a mãe da vítima existe um mandado de prisão preventiva por omissão ao crime de estupro de vulnerável. 

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