> >
Quarto suspeito de envolvimento na morte de Fernando Cabeção é preso no ES

Quarto suspeito de envolvimento na morte de Fernando Cabeção é preso no ES

Recentemente, outros três suspeitos de envolvimento no crime foram presos; assassinato ocorreu no dia 28 de junho de 2020

Publicado em 27 de dezembro de 2021 às 11:35

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura

Um homem de 36 anos foi preso na última quarta-feira (22) suspeito de envolvimento do assassinato de Fernando de Oliveira Reis, conhecido como Fernando Cabeção. A prisão ocorreu no bairro Rio Marinho, em Vila Velha. Recentemente, outros três suspeitos também foram presos

De acordo com o titular do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, delegado Tarik Halabi Souki, o suspeito foi o responsável por ter conseguido os veículos usados no crime. "Para realizar a prisão, fizemos um levantamento de dados que apontou o endereço da casa de parentes, onde ele possivelmente estaria", explicou. 

Fernando Cabeção foi assassinado a tiros em Vila Velha
Fernando Cabeção foi assassinado a tiros em Vila Velha. (Foto leitor | Monatagem A Gazeta)

Segundo a Polícia Civil, o suspeito confirmou em depoimento que foi responsável por ter conseguido os veículos utilizados no crime, mas negou sobre o envolvimento dele no homicídio de Fernando Cabeção.

Após os procedimentos de praxe, o investigado foi encaminhado ao Centro de Triagem (CTV) de Viana, onde permanece à disposição da Justiça.

OUTROS PRESOS

O assassinato de Fernando de Oliveira Reis, conhecido como Fernando Cabeção, foi planejado por pessoas próximas a ele. De acordo com informações passadas no dia 20 pela Polícia Civil, amigos de infância e um irmão dele participaram do crime, cometido em 28 de junho de 2020, no bairro Itapuã, em Vila Velha.

À frente da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, o delegado Tarik Halabi Souki explicou que o crime começou a ser planejado após uma desavença devido às novas regras que Cabeção implementou no tráfico de drogas da região de Guaranhuns, no mesmo município.

O irmão da vítima, que tem 42 anos, foi preso no dia 17, no bairro Columbia, em Colatina. Escondido no interior, ele comandava o tráfico de drogas da região de Guaranhuns desde o homicídio. As investigações apontaram que ele foi o principal mentor do assassinato. O nome dele não foi divulgado. A região de Guaranhuns era chefiada por Fernando Cabeção

Além do irmão de Fernando Cabeção, outros dois suspeitos, de 22 e 28 anos, foram detidos no mesmo dia, em Vila Velha: um no bairro Guaranhuns e outro em Xuri. Na ocasião, a Polícia Civil informou que outros seis suspeitos de envolvimento no crime continuavam soltos, com mandado de prisão em aberto.

DINÂMICA DO CRIME

No dia do crime, Fernando Cabeção saiu de Vitória, onde morava, para ir a um churrasco na casa do pai, em Guaranhuns. “Ele estava sendo vigiado e, quando saiu, passou a ser perseguido por cinco indivíduos, três de carro e dois de moto, até parar em um semáforo da Terceira Ponte, onde foi cercado”, contou Tarik.

De acordo com o delegado, a vítima levou cerca de 15 tiros. Em seguida, os executores fugiram e incendiaram o automóvel usado por eles. “Além deles, três ajudaram a vigiar, sendo os mentores intelectuais, e um foi responsável por conseguir os veículos utilizados no homicídio”, disse.

O carro em que a vítima estava era um BMW, dirigido pela esposa de Fernando Cabeção. O casal foi cercado na Avenida Doutor Olívio Lira (antiga Avenida Carioca), na altura do Shopping Praia da Costa. O traficante não resistiu aos tiros, e a mulher sofreu alguns ferimentos em consequência dos estilhaços de vidro.

Carro utilizado pelos executores no assassinato de Fernando Cabeção foi incendiado pelos criminosos após o crime
Carro utilizado pelos executores no assassinato de Fernando Cabeção foi incendiado pelos criminosos após o crime. (Divulgação | Polícia Civil)

ENVOLVIMENTO EM MORTE DE JUIZ

No dia 24 de março de 2003, o juiz Alexandre Martins de Castro Filho, de 32 anos, foi assassinado com três tiros quando chegava a uma academia, no bairro Itapuã, em Vila Velha. O magistrado integrava uma missão especial federal que, desde o ano anterior, investigava ações do crime organizado no Espírito Santo.

No total, dez pessoas foram acusadas de participar do crime, entre elas o Fernando Cabeção, que foi apontado como um dos intermediários. Após a confirmação da morte dele em junho de 2020, o pai do juiz comentou o ocorrido e disse que "todo o óbito é lamentável, mas que ele recebeu o que merecia".

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais