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Mãe e padrasto de criança levada morta para UPA na Serra são presos

Mãe e padrasto de criança levada morta para UPA na Serra são presos

Alessandra Pinto dos Santos, de 20 anos, e Nilson da Silva Santos, de 26 anos, foram encaminhados para o Centro de Triagem de Viana

Publicado em 1 de agosto de 2019 às 22:34

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Pyetra dos Santos Reis chegou ao hospital já morta na madrugada desta quinta-feira (01). Ela apresentava lesões no corpo. (Aquivo Pessoal)

A mãe e o padrasto da criança que foi levada morta para a UPA de Carapina, na Serra, na madrugada desta quinta-feira (1) foram autuados em flagrante por maus-tratos com resultado em morte. Alessandra Pinto dos Santos, de 20 anos, e Nilson da Silva Santos, de 26 anos, foram encaminhados para o Centro de Triagem de Viana (CTV) nesta noite.

De acordo com a Polícia Civil, o procedimento será encaminhado para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) para apurar os fatos. O corpo da criança foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para realização do exame cadavérico, que vai apontar a causa da morte.

O prazo para a conclusão do laudo cadavérico é de, no mínimo, 30 dias.

O CASO

Pyetra foi levada morta pela mãe para a UPA de Carapina, na Serra, na madrugada desta quinta-feira (1). De acordo com a polícia, a criança apresentava lesões graves e estava com o corpo rígido, o que demonstra que ela havia morrido já há algum tempo. A avó da menina soube da morte pelo sogro da filha, que informou que a menina tinha sido socorrida para o hospital após passar mal durante uma brincadeira.

"Ele disse que às 3 da manhã chamaram um carro para levar minha neta para o hospital porque ela estava machucada. Que eles estavam brincando de jogar ela pra cima, pro alto, e aí ela ficou tonta, passou mal. Depois eu fiquei sabendo que, quando o carro pegou minha neta para levar para o hospital, ela já estava morta", declarou.

A avó, porém, não acredita na versão contada pela filha e o genro. De acordo com ela, a menina estava roxa e apresentava marcas de mordidas, o que indicava que ela foi agredida.

A avó de Pyetra, a empregada doméstica Carla Pinto, disse que já havia encontrado lesões no corpo da neta em maio deste ano. (Isaac Ribeiro)

 

"A minha filha mentiu. Disse que a menina passou mal e morreu 15 minutos antes de entrar no hospital, mas não foi isso que aconteceu. O corpo dela estava rígido", questionou.

AGRESSÕES 

A polícia informou que Pyetra apresentava sinais de maus tratos. Foram encontradas lesões no pescoço, nas nádegas e queimaduras de cigarro no pé da menina. A avó de Pyetra acredita que as agressões aconteciam dentro de casa. Inconformada com a possibilidade de violência, ela relembrou que a filha, mãe da criança, já sofreu uma tentativa de abuso sexual quando criança, mas que ela interferiu e levou o caso à polícia. 

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Eu protegi ela na época que ela passou por violência. Eu não deixei isso acontecer com ela, porque ela deixou acontecer com a minha neta? Se ficar comprovado, de filha eu não vou chamá-la mais. Como mãe, eu dou a vida pelos meus filhos, mas ela deixou acontecer o pior

Carla Patrícia Pinto, avó da criança
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Com informações de Iara Diniz

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