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Publicado em 16 de setembro de 2024 às 18:19
O mandante de um crime brutal ocorrido no dia 16 de outubro de 2020, em Porto Canoa, na Serra, e chefe do tráfico de drogas de bairros do município, identificado como Robson Rodrigues, de 41 anos, foi preso na última sexta-feira (13), em uma operação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Serra, do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), no bairro Planeta, Cariacica. >
Na ação foram apreendidos seis armas de fogo, entre elas dois fuzis, 29 carregadores, 2.304 munições de diversos calibres, além de um colete balístico, camisas com dizeres da Polícia Civil e Poder Judiciário, um veículo e R$ 1.142 em espécie. >
Robson é apontado como mandante do duplo homício de Diego Alexandre da Mota da Silva e Layson da Silva, ambos com 21 anos. Outras cinco pessoas já haviam sido presas anteriormente por envolvimento no crime, incluindo um advogado.>
Segundo o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, na época do crime, quatro dos suspeitos marcaram encontro com as vítimas. "Para atrair as vítimas eles criaram perfis falsos no Facebook e quando as vítimas chegaram no local marcado, foram executados. Um deles (executores) foi baleado", disse. >
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O suspeito baleado precisou ser levado ao hospital no dia seguinte ao crime por conta da gravidade do ferimento. Foi aí que a polícia o encontrou e ele confessou o crime e quem mais estaria envolvido. >
Chefe do tráfico da Serra é preso com fuzis e munições em Cariacica
Na época do caso, o delegado Rodrigo Sandi Mori, revelou que no dia 16 de outubro de 2020, os amigos, Diego Alexandre da Mota da Silva e Layson da Silva, ambos com 21 anos, morreram após serem surpreendidos por atiradores que fizeram mais de 40 disparos contra o carro onde estavam, na Rua Gaviões, em Porto Canoa, na Serra.>
A motivação seria uma retaliação a morte de dois aliados de Robson, sendo um deles o motorista de aplicativo, Lucas Ferrarini, assassinado um mês antes, dia 16 de setembro, no bairro Eldorado, no mesmo município. >
De acordo com a polícia, Layson da Silva e Diego Alexandre da Mota Silva, participaram da morte do motorista de aplicativo e foram alvo de uma emboscada no dia do crime. Para atraírem as vítimas, os suspeitos de assassinarem a dupla criaram perfis falsos de mulheres na Facebook. Ao se conectarem com os dois pelas redes sociais, o quarteto marcou um encontro com a dupla. No local, Layson e Diego acabaram sendo surpreendidos pelos quatro, que estavam armados, e realizaram a execução. >
Entre os presos por envolvimento no crime está um advogado que teria interferido nas investigações após o duplo homicídio. De acordo com o delegado Rodrigo Sandi Mori, o advogado teria dito para uma testemunha que, caso ela não mentisse em depoimento, ele a entregaria aos investigados pelo crime.>
"O advogado marcou com ela em um shopping e na ida à delegaciaa, disse que era pra mentir e que se não fizesse isso, ia mostrar a foto dela pros autores do crime. Ela estava grávida de um mês e perdeu após pressão psicológica", explicou o delegado Rodrigo Sandi Mori. >
Participaram do crime: >
Envolvidos em duplo homicídio no bairro Porto Canoa em 16/10/2020
De acordo com Sandi Mori, no ataque, um dos executores ficou ferido. O advogado então foi até o local onde estava o homem baleado com uma enfermeira, horas após o crime. >
Robson Vieira foi preso saindo de casa. Com ele, a Polícia Civil ainda apreendeu uma carteira de habilitação falsa. Para a corporação, o suspeito de ser o mandante do crime disse que morava sozinho e que dentro da casa tinha um grande arsenal de armas. >
"Ele foi para se esconder em Cariacica, mas estamos investigando se ele alugava munição e arma pra outros criminosos da região. Ele não falou para que eram usadas a camisetas apreendidas e disse que ia responder só em juízo. Cada vez é mais rotineiro gangues usarem camisas da polícia para entrar na residência e matar os rivais. Vários homicídios ocorreram dessa forma", disse o delegado Rodrigo Sandi Mori. >
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