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Guerra do tráfico: Bairro da Penha fornece armas em briga de gangues

Guerra do tráfico: Bairro da Penha fornece armas em briga de gangues

Alianças entre facções expandem domínio sobre bairros vizinhos, ganhando força e controlando cada vez mais pontos de comércio de drogas

Publicado em 30 de agosto de 2018 às 01:16

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Homens do Nuroc circulam por ruas do bairro Andorinhas. (Carlos Alberto Silva | GZ)

Os ataques armados entre grupos de traficantes nos bairros Itararé, Santa Martha e Andorinhas, em Vitória, têm como principal fornecedor de armas e apoio logístico os criminosos que comandam o Complexo da Penha (conjunto de bairros no entorno do Bairro da Penha).

Segundo o Ministério Público Estadual, está nas mãos dos líderes do Bonde do Trem Bala e do Primeiro Comando de Vitória (PCV), à frente do Complexo da Penha, “alimentar” essas facções com armamento para que tenham força.

“O Trem Bala e o PCV se juntaram, há quatro anos, com o objetivo de ganhar mais dinheiro com o tráfico de drogas”, contou Sérgio Alves, promotor de Justiça e coordenador do Grupo Especial de Trabalho em Execução Penal (Getp) e da Central de Inquéritos da Grande Vitória.

Desde então, essa aliança tem expandido o domínio sobre os bairros vizinhos, ganhando força e controlando cada vez mais pontos de comércio de drogas. Entre as áreas desejadas pela aliança estão a Piedade e também o Alagoano, regiões que recentemente registraram tiroteios, briga entre gangues, mortes e expulsões de moradores.

RECENTE

Na guerra mais recente, apesar de fornecer armamento para todos os bairros, o comando do Bairro da Penha tem beneficiado a gangue de Itararé no enfrentamento contra os grupos de Andorinhas e Santa Martha, que são aliadas atualmente.

No último domingo, o estudante Victor Gabriel Abilio Florentino, 14 anos, foi assassinado quando saía de um jogo de futebol, em Andorinhas. Já em Itararé, na madrugada de segunda, tiros foram disparados na frente de uma escola: um garoto de 16 anos foi baleado e o carro de um aposentado ficou cheio de perfurações de tiros.

Victor Gabriel Abilio Florentino, 14 anos, assassinado a tiros em praça de Andorinhas. Segundo a polícia, ele não tinha envolvimento com o crime. (Arquivo Pessoal)

No entanto, o motivo específico que desencadeou o atual conflito entre Itararé e Andorinhas ainda não foi descoberto pelas autoridades.

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São brigas em que se perdem vidas, tanto de inocentes quanto de criminosos envolvidos nessas organizações

Sérgio Alves, promotor de Justiça
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Nesta quarta-feira (29), uma pessoa foi presa em flagrante na região dos conflitos com uma pistola calibre 380 e outra 9 milímetros de fabricação israelense.

Alves observa que tanto o Ministério Público quanto as forças de segurança pública têm agido para minar essas situações.

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A segurança é um direito fundamental. Todo cidadão tem o direito de ter tranquilidade no seu lar e ir e vir. Essas práticas têm sido reprimidas, no que tange as investigações do Ministério Público, e também da Polícia Militar e da Polícia Civil, dando uma pronta resposta a qualquer tentativa de impor o pânico na comunidade local

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