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Família comanda tráfico de drogas perto de universidade em Vila Velha

Família comanda tráfico de drogas perto de universidade em Vila Velha

Três integrantes da família estão foragidos. O grupo escondia a droga em um sítio em Guarapari para despistar a investigação da polícia

Publicado em 11 de outubro de 2019 às 14:54

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Ednilson José da Silva, Bruno Soares da Silva e Edmar José da Silva estão foragidos; e Fernando José da Silva está preso de 2018. (Divulgação/ Polícia Civil)
Família comanda tráfico de drogas perto de universidade em Vila Velha

Polícia Civil identificou uma família suspeita de comandar o tráfico de drogas em uma área próxima a uma universidade particular e a um shopping de Vila Velha, no bairro Boa Vista. Pela localização, os investigadores acreditam que os suspeitos comandavam a venda de cocaína para usuários com poder aquisitivo alto, como universitários. Para despistar os policiais de Vila Velha, eles escondiam a droga em um sítio de Guarapari. 

Desde a semana passada, são considerados foragidos Bruno Soares da Silva, de 27 anos, Edmar José da Silva, 47, e Ednilson José da Silva, de 54 anos. Ednilson e Edmar são irmãos e tios de Bruno, que é apontado pela Polícia como o líder do tráfico na área perto da universidade. Já Bruno é filho de Fernando José da Silva, de 50 anos, que está preso desde 2018 após uma operação da Delegacia Especializada de Narcóticos (DENARC) de Guarapari que encontrou mais de  2,8 mil pinos de cocaína no sítio, localizado no bairro Village do Sol. A ação contou com a participação de agentes da Delegacia Especializada de Investigação Criminal (Deic) e da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Guarapari.

A escolha do imóvel, que pertence a Ednilson, para servir como depósito da droga se deve ao fato do sítio ficar fora de Vila Velha, o que dificulta ação dos policiais que investigavam a atuação do grupo em Boa Vista. A cocaína e quase um quilo de crack foram encontrados em uma caixa térmica enterrada na propriedade.

Droga apreendida em sítio de Guarapari. (Divulgação/ Polícia Civil)

A investigação da Polícia apontou que Fernando, os irmãos e o filho integram uma organização criminosa que exercem o controle do tráfico na região há mais de 10 anos, fornecendo drogas, principalmente cocaína, nas imediações da instituição de ensino e do shopping.

"Isso justifica a prevalência pela cocaína. A cocaína é a droga de maior valor agregado, comercializada amplamente no Estado. O mais convencional é que encontremos nos pontos de venda de droga muito mais crack, mas em se tratando de uma organização que atua numa área com pessoas de poder aquisitivo maior, a preferência pela cocaína é justificada", afirmou o delegado Guilherme Eugênio, ao explicar que a venda de cocaína do grupo era maior do que a comercialização do crack.

Com a quebra do sigilo telefônico dos quatro,  autorizado pela Justiça, os investigadores descobriram que a família tinha contato com suspeitos que foram presos na posse de drogas na região.

Nesta quinta-feira (10), policiais civis de Guarapari, com o apoio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, tentaram cumprir os mandados de prisão preventiva emitidos contra Bruno, Edmar e Ednilson, mas eles não foram encontrados em suas casas. Familiares deles disseram que o trio se mudou. Bruno, segundo a polícia, morava em uma casa com o padrão mais elevado que a maioria das residências de Boa Vista.  Já Fernando permanece preso desde a apreensão em 2018.

A família tem um histórico de envolvimento com o crime. Dois membros dela já foram assassinados em razão das disputas pelo controle do tráfico no bairro.

Casa de Bruno Soares da Silva. Ele é suspeito de liderar o tráfico em Boa Vista e está foragido. (Divulgação/ Polícia Civil)

"Durante a operação, chamou a atenção o fato de os familiares dos foragidos reconheceram a equipe que nos apoiou na operação, da DHPP de Vila Velha", relatou o delegado.

A Polícia Civil pede ajuda da população para encontrar os foragidos. Quem tiver alguma informação pode entrar em contato pelo 190 (para informar a presença desses foragidos em via pública em um momento específico) ou pelo disque-denúncia, 181 (para informar os endereços dos foragidos).

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