Dono de uma loja de celulares em Parque Jacaraípe, na Serra, Bruno Melo Salviano, de 29 anos, é suspeito de financiar assaltantes na região.
A Polícia Civil investiga se aparelhos roubados por esses criminosos eram levados para o comércio dele, que revenderia os equipamentos irregulares.
Bruno foi preso nessa quinta-feira em sua loja. A Polícia foi ao local apurar uma denúncia de receptação de celular roubado e apreendeu, dentro de uma mochila, duas submetralhadoras de calibre 380 de fabricação caseira.
"Quando a polícia chegou no local, o Bruno ficou bem nervoso, o que levantou a suspeita dos policiais. Assim que os agentes iniciaram as buscas no local, o próprio Bruno indicou que dentro da mochila estaria duas metralhadoras", contou o delegado Fabiano Rosa, da Divisão Especializada de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio.
Ao ser questionado sobre a origem das armas, o suspeito afirmou que eram de um conhecido, identificado pelo comerciante apenas como FB, que deixou com Bruno para que o dono da loja vendesse as submetralhadoras. Cada arma custaria R$ 3,5 mil e Bruno admitiu que ficaria com R$ 500 pela venda.
A prisão aconteceu na quinta-feira (17). Ele foi autuado por receptação e posse ilegal de arma e levado para o presídio. A Justiça determinou uma fiança de R$ 50 mil para que ele respondesse em liberdade, mas até às 16h, ele ainda não tinha pago o valor e permanecia preso.
Após a prisão, a polícia recebeu outras denúncias - de que o dono da loja de celulares estaria financiando assaltantes no bairro, o que se tornou uma linha de investigação, de acordo com o delegado.
"Vamos continuar com as investigações no sentido de verificar se realmente o Bruno faz parte de uma associação criminosa no local. A suspeita é de que ele financiava (os assaltantes) para roubar e depois acabava sendo o receptador do aparelho", afirmou Rosa.
Agora, com base no IMEI (International Mobile Equipment Identity), número que identifica cada celular, a Polícia vai apurar se os aparelhos que estavam na loja eram mesmo roubados. Bruno Melo também tem outra passagem pela polícia por receptação.
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