Após ser preso na noite de segunda-feira (27), o suspeito de matar Edgleyson Abrão da Silva, de 28 anos, confessou o crime na Delegacia de São Mateus, no Norte do Espírito Santo, alegando que o homicídio ocorreu durante uma discussão entre ele e o dentista dentro do carro. Segundo a Polícia Civil, as investigações seguem na linha de homofobia e passionalidade. O corpo da vítima foi encontrado no último dia 20, em área de restinga na região de Meleiras, em Conceição da Barra.
Segundo a Polícia Civil, o indivíduo – que não teve o nome divulgado – relatou em depoimento que Edgleyson era apaixonado por ele, mas afirmou que eles eram apenas amigos, não namorados – apesar de o pai da vítima afirmar que o filho e o suspeito mantiveram um relacionamento por cerca de um ano e meio. O homem disse na delegacia que houve uma discussão entre ele e o dentista, dentro do carro, e que ele estava armado e disparou na perna e depois na cabeça da vítima.
A Polícia Civil disse que contra o suspeito havia um mandado de prisão em aberto pela morte do dentista. Ao ser localizado, na altura do km 102 da BR 101, em Jaguaré, foi localizada na mochila dele uma pistola com indícios de remarcação, um carregador, munições, um celular e R$ 950 em espécie.
O homem foi detido e encaminhado à 18ª Delegacia Regional de São Mateus, onde foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. No local houve também o cumprimento de mandado por homicídio.
Na manhã desta terça-feira (28), ele foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Mateus, onde ficará à disposição da Justiça.
Em entrevista para a repórter Rosi Bredofw, da TV Gazeta Norte, Edson da Silva, pai de Edgleyson, afirmou que o homem preso era namorado da vítima. Os dois mantinham um relacionamento havia cerca de um ano e meio.
A família de Edgleyson acompanhou o momento em que o indivíduo chegou até a delegacia em São Mateus, em escolta de várias viaturas das polícias Militar e Civil, e da PRF.
Edson relembrou da relação do filho com o homem e disse que Edgleyson gostava muito do namorado. O suspeito chegou a ficar na casa da família quando sofreu um acidente de trânsito e recebeu todos os cuidados, segundo o pai do dentista.
“Ele é tão cínico que ele se acidentou de moto e nós o tratamos bem. Ele só saiu daqui quando estava curado. Tratamos dele como se fosse filho. Meu filho gostava dele, nós o tratamos bem. Eles tiveram algumas discussões, ficaram entre idas e vindas, mas não sei o porquê. Queria entender o que levou ele a fazer isso. Ele só tinha a ganhar com o meu filho vivo, porque o pai dele está acamado, o meu filho pagava cuidadora, fez tratamento de dente na família dele toda. Não tinha motivo para fazer isso”, afirmou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta