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Delegado diz que roubo de R$ 400 milhões em joias 'foge da normalidade'

Delegado diz que roubo de R$ 400 milhões em joias "foge da normalidade"

O delegado pediu para que a vítima levasse à delegacia parte das joias que ele afirma ter caído das mãos dos bandidos na hora da fuga; por enquanto o idoso não retornou à DRCCP

Publicado em 29 de março de 2019 às 22:56

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Turmalina Paraíba. (Reprodução/Google)

"Uma ocorrência que sai da normalidade". Assim definiu o delegado Fabiano Rosa, chefe da Divisão Especializada de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio (DRCCP) sobre o caso do idoso de 78 anos que denunciou ter perdido R$ 400 milhões em pedras preciosas durante um assalto à casa dele no bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha, no último dia 22. O delegado pediu para que a vítima levasse à delegacia parte das joias que ele afirma ter caído das mãos dos bandidos na hora da fuga. Mas por enquanto o idoso não retornou à DRCCP. 

Para a polícia, o idoso contou em depoimento que um amigo que está nos Estados Unidos havia indicado um cliente interessado em comprar pedras. Ao ser procurado por três homens em casa, em Vila Velha, ele atendeu os dispostos clientes. 

Acreditando que se tratava da indicação do amigo, o idoso recebeu os criminosos e apresentou as joias que possuía no escritório, que funciona anexo ao imóvel onde mora com a família. Os ladrões renderam a família e fugiram com 23 quilos de turmalina paraíba, avaliadas em R$ 400 milhões em uma mala, de acordo com o idoso. Na fuga, os bandidos teriam deixado parte das joias caírem. Eles fugiram em um Voyage branco. O carro foi flagrado por uma câmera de videomonitoramento.

Após dois depoimentos da vítima, o delegado encontrou contradições. Embora ainda acredite que a família foi mesmo vítima de um crime, o delegado afirmou que a ocorrência foge da normalidade dos casos investigados pela delegacia.

"Pedi para que o idoso trouxesse as joias que caíram no chão para que elas passassem por perícia e avaliação para checar o real valor. Não posso em basear em fotos de internet. Mas até agora a vítima não apareceu. Nos últimos três dias ele disse que iria à delegacia, mas não compareceu. Isso foge da normalidade porque normalmente a vítima é a primeira a querer colaborar com as investigações", contou.

Outras situações que também estão saindo do comum, segundo o delegado são: o idoso contratou um advogado para acompanhar o segundo depoimento. Além disso, o delegado afirma que foge da normalidade o fato da vítima ter uma vida simples e guardar R$ 400 mil em joias. 

"A investigação está seguindo de acordo com o que a vítima falou. Acredito que houve um crime, mas há muitas contradições e o idoso não está colaborando. Ele aparecendo ou não com as joias que afirma ter caído no chão, a investigação vai seguir. Se ele foi roubado e as joias possuem esse valor, acredito que os criminosos podem já estar até fora do estado. Mas se ele faltou com a verdade, pode responder por falsa comunicação de crime", disse.

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O delegado completou que a Secretaria da Fazenda entrou em contato com a delegacia para pedir informações sobre o caso. "Se ele tinha joias nesse valor, nunca declarou. Segundo a Secretaria da Fazenda, isso pode causar uma multa de aproximadamente R$ 200 milhões", afirmou.  

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