Um bebê de 7 meses de idade é a 15ª vítima do surto de diarreia em uma creche particular na Praia da Costa, em Vila Velha. Segundo informações do secretário de Saúde do município, Jarbas Ribeiro de Assis Junior, à TV Gazeta, a criança começou a ter febre no dia 23 de março, um sábado, e teve quadros de diarreia na última quinta-feira, dia 28.
"É preocupante. A gente fica triste de mais uma criança, um bebê de 7 meses de idade, que começou os sintomas no dia 23 com febre e no dia 28 apresentou quadros de diarreia. Foi ao hospital de Vila Velha, medicada e liberada para casa. Nós estamos preocupados porque é uma criança com a imunidade muito comprometida. Mas estamos acompanhando. É o 15º caso, o que mostra que foi muito necessária a interdição da creche, a separação entre essas crianças."
Questionado sobre o estado de saúde do bebê, o secretário afirmou: "Na hora do atendimento no hospital de Vila Velha, a informação que a gente tem é que o quadro era possível de tratamento em casa. Mas nós estamos vendo nesse episódio de surto situações que agravam de forma muito rápida".
Para o secretário, a criança deveria estar no hospital.
O sexo do bebê não foi informado pela prefeitura. Ainda de acordo com o secretário, cinco crianças permanecem internadas em hospitais, sendo duas em Vitória, duas em Vila Velha e uma na Serra.
VILA VELHA DÁ ORDEM PARA DESMONTAR CERVEJARIA NOS FUNDOS DA CRECHE
A prefeitura de Vila Velha determinou que os donos da creche particular investigada após diversos casos de infecção intestinal desmontem toda a estrutura de uma cervejaria artesanal que funcionava nos fundos do prédio. De acordo com a subsecretária de Assistência à Saúde da cidade, Stella Dias, a existência de uma cervejaria no espaço era irregular. Segundo ela, a ordem para o desmonte foi dada na sexta-feira (29) e a prefeitura irá conferir, nesta segunda-feira (1), se os equipamentos foram retirados do local.
Nesse espaço foi encontrada uma bactéria que tem capacidade de provocar sintomas semelhantes aos apresentados por alunos e funcionários que passaram mal de diarreia. O local para produção de cerveja artesanal tem acesso separado apenas por um portão, e pertencia aos donos da creche.
Embora tenha sido constatado que a produção é para consumo próprio, a prefeitura afirmou que não havia autorização para esta atividade no local. A subsecretária de Assistência à Saúde também afirmou que o município aguarda outros resultados de amostras de água coletadas na cervejaria e também em chafariz que funcionava no pátio da escola.
A cervejaria não poderia funcionar naquele local. Na sexta-feira (29) mesmo foi dada a determinação para que tudo fosse desmontado e retirado de lá. Já apresentamos os resultados de alguns exames, mas ainda faltam outros resultados. Em alguns casos, é preciso esperar por até cinco dias para que a bactéria existente na água seja identificada com precisão, explicou Stella Dias.
O reservatório de um chafariz também é alvo da investigação da prefeitura. O brinquedo fica no pátio da creche e era usado para recreação das crianças. Laudos apontaram que a água usada no chafariz estava impura: foram apontadas mais de 200 colônias de coliformes totais em amostra de 100 mililitros.
A água usada no chafariz não é corrente. Ela circula e fica armazenada em uma espécie de cisterna ou reservatório. Segundo a Vigilância Sanitária Municipal, o ideal é que a água fosse corrente. Diante dos laudos dos dois espaços - cervejaria e chafariz - a creche foi interditada pela prefeitura.
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