Além da Ufes, o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) também foi alvo dos cortes anunciados pelo Ministério da Educação (MEC). Caso seja confirmado o contingenciamento de 38% da verba para custeio, algo em torno de R$ 24 milhões dos R$ 64 milhões programados para o ano, a instituição não consegue se manter. Pelas contas, com o dinheiro disponível só dá para funcionar até setembro.
É o que afirma o reitor do Ifes, Jadir Pela, diante do corte imposto à instituição pelo governo federal. Segundo ele, o instituto já vem fazendo ajustes em suas despesas há pelo menos três anos, reduzindo gastos com manutenção e segurança e, por isso, não tem mais de onde cortar. Não fecharemos o ano se essa medida não for reavaliada, ressalta.
Na área de segurança, por exemplo, Jadir conta que já reduziu postos de vigilância, retirou armamento e até deixou áreas sem o profissional, como ações de contenção de despesas.
Questionado sobre o que significa efetivamente parar, o reitor é enfático: não vamos funcionar.
Jadir Pela observa que, além do ensino propriamente dito que atende 35.664 alunos, o Ifes mantém campus agrícola, animais e uma série de outras atividades.
Atendemos diversos públicos. Do Proeja (programa voltado à educação de jovens e adultos) ao mestrado. Formamos professores - 20% das ofertas estão no Ifes, especialmente de licenciaturas. Imagine se o Ifes não tiver condições financeiras de se manter, quantos serão afetados por esse corte do governo federal, aponta.
Assim como a Universidade Federal do Espírito Santo, o Ifes também vai procurar negociar uma mudança no posicionamento do MEC. Na próxima semana terá uma reunião de reitores em Brasília. Se não houver avanços na Educação, vão tentar com o ministério da Economia.
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