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PRF sabia que lideranças do Bairro da Penha voltavam do Rio

PRF sabia que lideranças do Bairro da Penha voltavam do Rio

Informações ajudaram a realizar a prisão de um dos líderes do  Primeiro Comando de Vitória (PCV), Geovani Andrade Bento, o Vaninho

Publicado em 19 de fevereiro de 2020 às 20:43

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Geovani Andrade Bento, o Vaninho. (Divulgação)

prisão de Geovani Andrade Bento, o Vaninho, de 24 anos, foi possível a partir de informações recebidas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) de que lideranças ligadas a facção criminosa Primeiro Comando de Vitória (PCV), que atua na região do Bairro da Penha estariam retornando do Rio de Janeiro. Na hora da prisão ele apresentou uma CNH falsa, em nome de Natan.

De acordo com o superintendente da PRF, Amarilio Boni, já estava sendo realizada na BR 101, na altura do Km 346, uma operação de reforço na fiscalização em razão do feriado de carnaval, com atuação voltada para o combate à criminalidade. "A experiência policial nos indicou qual veículo parar", relatou.

Vaninho estava em um Chevrolet Prisma com outras duas pessoas. Logo a frente estava outro veículo, um Prisma, também com duas pessoas, e que acabou sendo abordado pelos policiais. Segundo Amarílio, quando isto aconteceu, o carro em que Vaninho seguia, logo atrás, fez uma manobra brusca em direção a um posto de gasolina, o que chamou a atenção dos policiais.

Uma equipe da PRF decidiu ir ao local e abordou o Prisma onde estava Vaninho e fez a prisão das três pessoas. Ao serem interrogados é que foi descoberto que estava no local uma das lideranças do PCV. Durante a realização da ocorrência, os policiais verificaram que Vaninho usava uma CNH falsa, em nome de outra pessoa (Natan) e com foto dele.

A confirmação de que era de fato Vaninho foi feita ainda com a ajuda da Polícia Civil. "Uma equipe foi ao posto da PRF e confirmou", assinalou Amarílio, informando ainda que partiu da Secretaria de Estado da Segurança Pública as informações sobre o retorno ao Estado, vindo do Rio de Janeiro, das lideranças do Bairro da Penha.

Prisão de Geovani  Andrade bENTO, o Vaninho. (PRF)

PARTICIPAÇÃO EM VÁRIOS CONFLITOS

O secretário de Segurança Roberto de Sá relatou que Vaninho é investigado pelos ataques a ruas de Vitória ocorridos na última sexta-feira (14). Ele teria ainda participado, dando ordens, aos conflitos na Piedade, que resultaram em mortes, ocorridos desde 2018. 

Sá acrescentou que a partir da prisão serão realizadas agora análises para buscar toda a conexão de Vaninho com os atos criminosos. "Precisamos agora individualizar as condutas criminosas. O que sabemos é que eles possuem uma relação comercial com o Rio de Janeiro e que lá estariam buscando refúgio", disse.

Na avaliação do secretário, a prisão de Vaninho permitiu a retirada do mercado de um criminoso "extremamente violento". Quanto a uma possível reação dos criminosos à prisão, Sá informou que o não acredita que isto irá ocorrer, mas que o "Estado agirá com dureza para reprimir qualquer ação neste sentido". 

Vaninho estava na lista dos bandidos mais procurados do Estado. É uma das lideranças do Primeiro Comando de Vitória (PCV), ao lado de outro bandido que figura na mesma lista, Fernando Moraes Pereira, o Marujo, de 26 anos. A facção criminosa é apontada pela polícia como a responsável pelos ataques ocorridos na sexta-feira (14), realizados após a morte de um adolescente de 17 anos no Bairro Bonfim, durante operação da Polícia Civil.

IDA PARA A POLÍCIA FEDERAL

Às 21h45 Vaninho e os outros quatro presos chegaram a sede da Polícia Federal, mais de quatro horas após a sua prisão realizada em Guarapari. Segundo a assessoria da PRF, os detidos apresentaram documentos falsos para os policiais, o que configuraria crime.

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 Os mandados de prisão de Vaninho, segundo Roberto de Sá, eram por tentativa de homicídio  contra policiais. As quatro pessoas detidas com Vaninho foram liberadas durante a madrugada de quarta-feira (18).

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