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Número de incêndios em vegetação no ES dispara

Número de incêndios em vegetação no ES dispara

Nos primeiros sete meses do ano já foram contabilizadas 2067 ocorrências pelos bombeiros, sendo que em todo o ano de 2018 foram 1538 registros em todo o Estado.

Publicado em 4 de setembro de 2019 às 20:52

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Vegetação sofre com incêndio. (Reprodução/TV Gazeta)

Os incêndios em área de vegetação no Espírito Santo que aconteceram até julho deste ano já superam todas as ocorrência do ano de 2018. De acordo com dados do Corpo de Bombeiros, nos sete primeiros meses de 2019 foram 2.067 casos, sendo que em todo o ano passado foram 1.538. As estatísticas ainda apontam que a maioria começa por ação humana.

Número de incêndios em vegetação no ES dispara

De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), o número de incêndios ocorridos em agosto ainda não foi contabilizado. Confira os números dos últimos anos:

De acordo com o porta-voz dos bombeiros do Espírito Santo, tenente-coronel Carlos Wagner Borges, o aumento dos casos se deve a uma série de fatores, apesar de estar totalmente ligado à ação do próprio homem.

"O verão desse ano teve um aumento de temperatura de 2 ºC em comparação ao ano passado. Aliado a isso temos ainda a falta de chuvas e a imprudência do homem, que continua colocando fogo na vegetação. Menos de 5% dos incêndios acontece por fenômenos naturais, mais de 95% são pela ação humana mesmo. Gente que queima lixo, queima pasto, e aí o fogo sai de controle, queima uma floresta, queima uma área de preservação ambiental. São prejuízos tanto para a flora quanto para a fauna", destacou.

O tenente-coronel explicou ainda que agosto e setembro são meses bastante críticos no ano para queimadas, por serem muito secos, e que falta conscientização sobre isso.

"Infelizmente, o ato de colocar fogo é cultural do homem. Nós estamos lutando contra isso, sempre orientando a população, mas ainda é difícil. Mais complicado ainda é fazer o flagrante, por isso sempre contamos com a ajuda da população para denunciar", falou.

A prática de queimadas enquadra-se na Lei de Crimes Ambientais contra a Natureza, n° 9.605. Portanto, é um crime com possibilidade de reclusão de um a quatro anos, além de multa.

Segundo o tenente-coronel, a maior preocupação dos bombeiros é com as regiões Norte e Noroeste do Espírito Santo, onde está a maior parte da Mata Atlântica capixaba.

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"São muitas reservas naturais, e incêndios representam uma perda muito grande. Além disso, o prejuízo é também para o próprio homem, que inala essa fumaça, principalmente as crianças e os idosos", finalizou.

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