> >
Homem morre ao bater carro contra poste em Vila Velha

Homem morre ao bater carro contra poste em Vila Velha

Maicon Lopes, 30 anos, estava acompanhado de uma jovem, que ficou ferida

Publicado em 1 de fevereiro de 2019 às 11:56

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura

Um homem morreu por volta das 5h desta sexta-feira (1º) ao bater o carro que dirigia contra um poste na Avenida Francelina Setúbal, em Itapoã, Vila Velha. Maycon Ferreira Lopes, 30 anos, estava acompanhado de uma jovem, que ficou ferida.

Testemunhas contaram que, após o acidente, começou a sair fumaça do carro, um Ford Fiesta Sedan branco, que possui kit gás. Desesperada, a jovem, que apresentava sinais de fratura no braço, mas que estava consciente, pediu ajuda para as pessoas que passavam pelo local para ser retirada do veículo com medo de uma explosão.

Com o risco, a jovem foi retirada do carro. Em seguida, as pessoas que presenciaram o acidente retiram o motorista, que estava inconsciente. Um homem que tinha conhecimento de primeiros socorros fez uma massagem cardíaca e logo depois duas ambulâncias do Samu estiveram no local, mas Maycon não resistiu.

A jovem que estava no banco do carona contou para testemunhas que estava dormindo no momento em que aconteceu o acidente, e que ela e Maycon estavam voltando de um bar.

Maycon Ferreira Lopes, 30 anos, morreu após bater com o carro contra um poste. (Reprodução/Facebook)

Maycon trabalhava em uma concessionária de carros e também era motorista de aplicativo. Ele e morava em Goiabeiras, Vitória, com a avó. O Batalhão de Trânsito e a perícia da Polícia Civil não constataram marca de frenagem na pista. Tudo indica que ele perdeu o controle do carro por algum motivo e bateu no poste.

PAI LIGA DURANTE SOCORRO

Um morador da região, que se identificou como Leonardo e acompanhou o socorro ao motorista, contou para a reportagem da TV Gazeta que, durante o socorro, o celular de Maycon tocou. Do outro lado da linha era o pai, que queria falar com o filho. O morador comunicou ao homem que o filho tinha sofrido um acidente. O pai ficou na linha durante todo o período de tentativa de ressuscitação, mas depois foi comunicado que o filho não resistiu. Veja a entrevista

Você mora em um prédio aqui perto, ouviu o barulho e, quando chegou, o carro já estava saindo fumaça?

Eu ouvi o barulho e desci. O carro já estava enfumaçando. Tive que ignorar a orientação de não mover a vitima e tirar do carro. Tirando dentro do carro, começou aquela briga para mantê-lo vivo. Em torno de 20 minutos, chegou um médico, que ajudou. Ficamos nós dois. Depois de uns 25 minutos, o Samu chegou aqui. E não teve jeito, fizeram o que tiveram que fazer, mas não teve jeito.

Ele estava inconsciente quando vocês o tiraram do carro?

Estava inconsciente. Fazia massagem cardíaca, ele voltava. Aí perdia de novo. Foram umas cinco vezes que isso aconteceu, entre idas e vindas.

E a moça que estava como ele, como ela estava?

Ela ficou muito desesperada. Relatou que eles estavam em um bar aqui próximo. E é aquela velha combinação: bebida e direção. O resultado é complicado.

Ela disse que eles estavam ingerindo bebida alcoólica?

Segundo ela, tomaram algumas cervejas e, quando bateu o carro, ela estava dormindo. Acordou com a pancada.

Ela não viu como foi a batida, se alguém fechou ele?

Não viu. O que a gente sabe é que ele não freou. Não tem marca de frenagem e eu não escutei marca de frenagem. Na verdade, eu só fiz cair da cama.

A moça estava consciente?

Sim. Ela teve um braço quebrado, umas escoriações nos joelhos e outro braço direito, se não me engano, não estava movendo.

O telefone dele tocou bem na hora do socorro. Era o pai dele?

O pai dele ligou na hora. Como ele ligou três vezes, achei por bem atender, exercendo uma função de capelania, pastoral, que a gente faz muito. Então eu comecei a conversar com ele, dizendo que o filho dele sofreu um acidente, mas a gente está socorrendo ele aqui. Para dar aquela tranquilizada nele, eu falei que iria desligar e depois retornava. O curioso é que ele pediu para não desligar o telefone, seja qual for o resultado. Disse que queria ficar na linha. Eu fiquei constrangido em desligar e aí fui com ele até o final. Eu fiz o possível para ele receber essa notícia de uma forma mais tranquila.

Você acabou dando a notícia da morte.

Tive que dar. Na minha posição, não dá para mentir. Fui preparando antes. Ele estava acompanhando passo a passo. Eu fui passando e ele do lado de lá em oração. Aquela coisa do pai.

Este vídeo pode te interessar

Com informações de Daniela Carla, da TV Gazeta, e Mayra Bandeira

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais