Publicado em 1 de abril de 2020 às 15:31
A evolução do número de casos de infectados por coronavírus no Espírito Santo registrou um crescimento significativo nesta quarta-feira (1º), em relação aos últimos dias. De acordo com o governador Renato Casagrande (PSB), em entrevista ao UOL, somente até o meio-dia desta quarta, já foram registrados 17 casos no Estado. Nos dias anteriores, a média vinha sendo de 7 a 12 confirmados por dia. >
O governador divulgou o dado ao ser questionado pelo jornalista Josias de Souza sobre qual é a expectativa do governo para a duração das medidas de restrições à circulação. >
"Quem causa a crise é a pandemia. As medidas de contenção é um remédio que salva vidas. Vamos ter restrições à mobilidade e ao contato por alguns meses. É praticamente impossível dizer o tempo com atividades econômicas paralisadas. Aqui, fechamos com 97 pessoas confirmadas, e tínhamos, de 7 a 12 confirmados por dia, mas a primeira análise de dados que fizemos hoje já são 17 a até o meio-dia. O processo de crescimento de pessoas contaminadas pelo vírus vai crescendo exponencialmente. É uma medida que vamos avaliando a cada momento", afirmou.>
O governador disse ainda que as restrições com certeza vão até julho, agosto, ou quem sabe um pouco mais adiante.>
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"O que vai definir se uma atividade ficará efetivamente fechada vai ser disciplina das pessoas, para que evitem o contato, os vetores, transmissores do vírus. Se as pessoas não compreenderem a necessidade de manterem o distanciamento uma das outras, podemos ter muita dificuldade, e aí poderá vir uma obrigação, um fechamento mais intenso". >
Vitória diante do coronavírus
Questionado sobre o temor de angústia social, como a ocorrência de saques e aumento da violência em consequência da crise, o governador reafirmou a necessidade de compreensão do distanciamento social obrigatório , por parte das pessoas, e da ajuda daquelas famílias com maior poder aquisitivo. >
"Ou a gente faz um trabalho de proteção social forte e de proteção às empresas, ou vamos ter desequilíbrio na sociedade, convulsões sociais. Precisamos que essas medidas se efetivem nas famílias pobres. E aquelas que estão estruturadas, que possam 'adotar' outras famílias, para nos ajudar a passar por esses meses que vamos ter pela frente", disse.>
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