Publicado em 4 de julho de 2019 às 23:57
Em 14 anos, dobrou o número de espécies ameaçadas de extinção no Espírito Santo. Segundo o Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA) na lista divulgada em 2005, pelo menos 950 espécies de plantas e animais corriam o risco de desaparecer do território capixaba.>
Já na lista informada pelo instituto neste ano, 1.875 espécies foram catalogadas. Deste total, 1.431 espécies são de plantas. Em 2005 eram 753. No que diz respeito aos animais o número dobrou, passando de 194 para 444.>
De acordo com o biólogo Sérgio Lucena, diretor do Instituto Nacional da Mata Atlântica, foram estudadas 9600 espécies e o número de animais e plantas ameaçadas representa 20% da fauna e da flora do Espírito Santo.>
Lucena explica, ainda, que a maioria das espécies que passaram a fazer da lista não tem nome popular, que são muitas espécies de insetos, peixe e anfíbios. Além de algumas aves.>
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As espécies que são mais conhecidas do público permanecem na lista, como a onça-pintada e a anta, que estão em estado crítico de extinção, afirma o professor.>
Para especialistas, o uso de agrotóxico, a caça e o aquecimento global também estão colaborando para extinção de algumas espécies.>
AUMENTO DA LISTA>
Alguns fatores principais fizeram com que a lista de espécies em extinção aumentasse. O primeiro, segundo Lucena, é que agora, mais espécies foram analisadas, muitas delas que não foram pesquisadas em 2005.>
Outra questão é a degradação do meio ambiente, o famoso desmatamento.>
Alguns anfíbios e plantas, por exemplo, precisam de um habitat mais íntegro e protegido. No caso dos peixes, a degradação de rios e lagoas faz aumentar o risco de extinção, descreve.>
CLASSIFICAÇÃO>
Para que uma espécie seja considerada em extinção, vários pontos são levados em consideração, entre eles, a quantidade populacional.>
Se há evidências de que a população está sendo reduzida, elas são classificadas em categorias: não ameaçada ou vulnerável quando o grau de ameaça não é muito alto; em perigo quando o grau é intermediário; e criticamente em perigo quando o risco de extinção é muito alto, pontua o professor.>
Nessa última classificação estão a onça-pintada, o macaco muriqui-do-norte e a anta. O risco desses animais desaparecerem do Estado em um futuro próximo é muito alto.>
Outro fator é a redução do habitat natural das espécies, ou seja, elas não têm mais onde viver.>
JÁ EXTINTOS>
Chama a atenção, também, o fato de que algumas espécies não existem mais no Estado. Uma delas é a arara-vermelha, que, há muitos anos podia ser encontrada na bacia do Rio Doce.>
Também entram na lista o peixe-boi, a ave jacutinga, que foi muito caçada, e a ariranha.>
É importante lembrar que algumas espécies não existem mais no Estado já há alguns anos. Nós já perdemos espécies e poderemos continuar perdendo se não tomarmos providências, alerta o especialista.>
Com informações da TV Gazeta.>
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