Uma denúncia anônima pelos meios do Conselho Regional de Odontologia (CRO) do Espírito Santo levou à fiscalização em clínica odontológica na Serra, no bairro de Laranjeiras, nesta quinta-feira (25). O caso foi instaurado pela suspeita de que um estudante universitário estaria atendendo pacientes como se fosse dentista formado. Dentre os profissionais registrados regularmente no CRO e atuantes no local está a esposa do investigado.
De acordo com informações do Fiscal responsável pelo monitoramento no estabelecimento, Frank Morais, foi realizada inspeção para buscar o flagrante da atuação do acadêmico. "O conselho montou plano de monitoramento e na captação da informação foi indicado um profissional fora do sistema do CRO, sendo que a secretária da clínica confirmou que o rapaz - não formado - estaria realizando um procedimento no consultório, como faz rotineiramente. Visualizamos pela porta que o dito profissional estava na sala atendendo", relatou.
O suspeito foi conduzido então à delegacia, onde prestou depoimento e indicou que ainda cursa o ensino superior. No entanto, conforme esclareceu o fiscal, esta informação ainda não consta do processo administrativo que tramita no Conselho de Ética profissional. Sendo assim, ainda não há posição final do órgão da categoria sobre o caso, devendo haver investigação pormenorizada.
Contra a versão do estudante, que alegou realizar o mero acompanhamento das atividades funcionais coordenadas por um dentista capacitado, houve o depoimento, em âmbito policial, da paciente que estava sendo atendida no momento do flagrante. Para o delegado, a mulher confirmou que foi atendida em três ocasiões pelo mesmo rapaz.
De acordo com o órgão, na hipótese de ser constatado que o estudante atuava irregularmente, como não há registro dele na categoria profissional, a punição será decidida em processo judicial. Já para os responsáveis técnicos pela clínica, devidamente inscritos no Conselho Regional de Odontologia, estes deverão responder em âmbito interno e sofrer as sanções cabíveis.
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