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Trabalhador morre afogado no mar em Barra do Riacho, Aracruz

Trabalhador morre afogado no mar em Barra do Riacho, Aracruz

Segundo familiares, Julimar Correia da Vitória, de 39 anos, atuava como rebocador em uma empresa de serviços marítimos e pilotava um barco momentos antes de morrer

Publicado em 10 de novembro de 2022 às 20:23

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Julimar teve afogamento como causa da morte
Julimar teve afogamento como causa da morte. (Reprodução)

Um trabalhador de 39 anos morreu afogado no mar em Barra do Riacho, Aracruz, no Norte do Espírito Santo, na tarde de quarta-feira (9). Segundo informações da família, Julimar Correia da Vitória atuava como rebocador em uma empresa de serviços marítimos e pilotava um barco momentos antes de morrer. 

A Polícia Civil confirmou que registrou o caso como afogamento e disse que o corpo de Julimar foi encaminhado pelo serviço funerário do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória.

Um laudo apontou afogamento como a causa da morte. Segundo relato do sobrinho do trabalhador, o estudante Thiago da Vitória Mateine Lima, de 25 anos, o médico disse para a família que havia muita água no pulmão de Julimar.

Apesar da confirmação da Polícia Civil de que a causa da morte de Julimar foi afogamento, o sobrinho do rebocador afirma haver informações desencontradas sobre o que aconteceu de fato. De acordo com Thiago, a empresa para a qual o tio dele trabalhava informou que o trabalhador estacionou o barco em um ponto do mar e teve um mal súbito quando voltava para a areia a nado. Ele estaria acompanhado de um supervisor na embarcação e foi para a água sem colete, disse o jovem.

“É procedimento da empresa que ele mergulhe e nade até a areia para sair do barco? Como o supervisor permite que o funcionário trabalhe sem os equipamentos de segurança? Em que lugar foi o afogamento? Ninguém sabe responder. Ele pode ter tido realmente um mal súbito, mas queremos respostas”, desabafou Thiago.

A família também recebeu informações de que um helicóptero teria ido até o local para fazer o resgate do corpo. Outra informação que chegou é que Julimar teria sido levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barra do Riacho ainda com vida.

A reportagem de A Gazeta procurou a Prefeitura de Aracruz questionando se houve o registro da entrada de Julimar na UPA de Barra do Riacho. Em nota, foi informado que uma equipe da unidade de saúde foi até o local do ocorrido, prestou os primeiros socorros e depois o levou até o PA. Confirmou ainda que um helicóptero do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas o paciente teve uma parada cardiorrespiratória e veio a óbito na unidade.

"A Prefeitura de Aracruz, por meio da Secretaria de Saúde (Semsa), informa que a equipe do Pronto Atendimento (PA) da Barra do Riacho foi acionada e seguiu para o local do ocorrido, prestando os primeiros socorros necessários. Diante do quadro, o paciente foi levado até o PA da Barra do Riacho e o helicóptero do Samu foi acionado, mas devido a uma parada cardiorrespiratória, o paciente veio a óbito ainda no local".

O que diz a empresa

A empresa WA Serviços Marítimos, que empregava Julimar, informou nesta quinta-feira (10) que ele estava trabalhando na embarcação e, ao se deslocar para a área de mergulho, teria sofrido um mal súbito. Também destacou que tem dado suporte à família do trabalhador. Em tentativa de contato posterior, A Gazeta questionou sobre o resultado do laudo, que aponta afogamento.

Nesta sexta-feira (11), a empresa voltou a se pronunciar sobre o caso divulgando uma nota de esclarecimento em que diz que Julimar era marinheiro auxiliar de convés. "De acordo com o laudo inicial da perícia, a causa da morte foi afogamento, mas as investigações irão acontecer para constatar ou não a veracidade desse primeiro laudo. A empresa ficará no aguardo do laudo. pericial oficial para se pronunciar e está prestando toda a assistência necessária a família".

Como a empresa para a qual Julimar trabalhava seria prestadora de serviços para empresas na área portuária em Barra do Riacho, a Portocel foi procurada pela reportagem, mas informou que a ocorrência não foi registrada na área da empresa. A Jurong também foi questionada sobre o caso e, assim que houver retorno, este texto será atualizado.

Marinha

A reportagem também procurou a Marinha para saber se a morte será investigação pela corporação. Quando houver resposta ela será inserida nesta matéria.

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