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Preço do Bitcoin supera US$ 51 mil, valorização de 70% em dois meses

Preço do Bitcoin supera US$ 51 mil, valorização de 70% em dois meses

Em uma escalada de alta, cotação da criptomoeda chegou a US$ 51.735 nesta quarta-feira (17)

Publicado em 17 de fevereiro de 2021 às 11:26- Atualizado há 3 anos

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Bitcoin: criptomoeda vive bom momento de valorização
Bitcoin: criptomoeda vive bom momento de valorização. (Gerd Altmann/Pixabay)

Em um escalada sem precedentes, o Bitcoin, considerado a principal criptomoeda do mercado, superou a marca dos US$ 51 mil nesta quarta-feira (17). A moeda teve uma expansão nos preços 70% em menos de dois meses. Para se ter uma ideia, neste período o índice de referência de ações americano, o S&P 500, avançou 16% e o Euro, 6%. Na semana passada, a cotação do dinheiro virtual era de US$ 48 mil.

A trajetória de ascensão já prevista para este ano ganhou mais tração quando a montadora Tesla ▬ do segundo homem mais rico do mundo, Elon Musk ▬ investiu US$ 1,5 bilhão na criptomoeda. Há rumores de que outras grandes companhias, como a Apple, também vão entrar nesse mercado, o que deve levar o Bitcoin a um patamar ainda mais alto.

Segundo dados da Bloomberg, o ano de 2020 fechou com o Bitcoin a US$ 29 mil. Mas apesar de tanto crescimento em comparação com o ano passado, existe a preocupação de que a volatilidade da criptomoeda também bagunce a vida financeira das empresas.

Tanta rentabilidade fez crescer os olhos dos investidores, principalmente pessoas físicas, que buscam ganhos maiores diante de uma taxa de juros básica tão baixa. Com a Selic em 2%, a rentabilidade de ativos mais tradicionais, de renda fixa, fica menos atrativa.

Contudo, especialistas apontam que é preciso atenção redobrada. Além de extremamente volátil - com preços que variam rapidamente -,  o Bitcoin não é regulamentado. Isso significa que não há qualquer proteção sobre o recurso investido. Ademais, as exchanges, que são as casas de câmbio de criptomoedas, não têm registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entidade que regula o mercado de capitais no Brasil.

O QUE É O BITCOIN

Criado em 2008 por alguém que assinava Satoshi Nakamoto, mas cuja real identidade é, até hoje, ignorada, o BTC (sigla para Bitcoin) só registrou suas primeiras transações em 2009. Em sua primeira década (2010-2020), a criptomoeda se valorizou 6.000.000%. No ano passado, o crescimento foi de 300%.

O Bitcoin não é regulamentado por nenhuma autoridade monetária, nem pode ser rastreada graças à tecnologia blockchain. A mesma tecnologia, estruturada de forma descentralizada, ou seja, sem uma entidade administradora central, impede que governos ou outros órgãos oficiais manipulem a emissão da moeda ou seu valor, como ocorre com o câmbio tradicional.

Contudo, nada impede que haja manipulação nos preços por parte dos próprios investidores. "Nenhum órgão regulador vai proteger se um investidor muito grande quiser aumentar ou reduzir o preço de propósito e prejudicar os menores", diz Mutzig.

O Bitcoin é considerado um investimento alternativo e vem sedo utilizado como reserva de valor, como o ouro. Da mesma forma, há uma quantidade limite de Bitcoins no mercado. "Cerca de 20% estão perdidos por aí.  Porque, no começo, as pessoas guardavam muito em carteiras físicas, como um HD externo, por exemplo, e hoje não se sabe onde estão", conta Paulo Luivez.

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