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PF volta a prender grupo por operar financeira sem autorização no ES

PF volta a prender grupo por operar financeira sem autorização no ES

Eles são suspeitos de crime contra o Sistema Financeiro Nacional, além de estelionato e associação criminosa. Grupo havia deixado prisão após pagar fiança

Publicado em 10 de outubro de 2019 às 16:31

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Sede da Polícia Federal, em Vila Velha. (Fernando Madeira )

Polícia Federal no Espírito Santo prendeu novamente um grupo criminoso que operava uma instituição financeira sem autorização no Estado. Conforme noticiou A Gazeta, três pessoas haviam sido presas em flagrante na quinta-feira passada por prática de crime contra o Sistema Financeiro Nacional, além de estelionato e associação criminosa. Eles, porém, foram liberados no mesmo dia após pagamento de fiança de R$ 19,9 mil cada um.

A nova prisão aconteceu na tarde de quarta-feira (9), mas só foi divulgada pela PF nesta quinta (10). De acordo com a Superintendência no Espírito Santo, os criminosos constituíram uma pessoa jurídica em junho deste ano e se instalaram no Estado há vinte dias, praticando atividade financeira sem autorização do Banco Central.

A prisão desta quarta também foi em flagrante. Além dos três responsáveis, a PF identificou no local 21 funcionários em atividade sem contrato de trabalho e indivíduos naturais da cidade de Niterói/RJ que também foram indiciados por estelionato e associação criminosa.

O esquema

A partir de informações privilegiadas sobre a renda e margem consignável das vítimas, principalmente servidores públicos, os empregados da empresa faziam contato telefônico sugerindo que elas fossem ao banco e pegassem dinheiro emprestado para repassarem para a empresa, que prometia 10% de bonificação sobre o valor. 

A Gazeta apurou que não existe ainda uma explicação sobre o que seria feito com o dinheiro tomado emprestado e como eles iriam pagar o rendimento de 10% mais os juros e taxas cobrados pelo banco sobre o empréstimo concedido.

Esse percentual parecia lucrativo, mas o valor na verdade era retirado do próprio dinheiro que a pessoa enganada entregava. A empresa fazia um contrato com a vítima assumindo a dívida dela com o banco, sem excluir a responsabilidade daquele que contraiu o empréstimo no banco. A empresa, porém não tinha autorização do Banco Central para fazer transações financeiras de empréstimo e renegociação de dívidas.

O grupo foi identificado pela PF na semana passada após uma policial federal lotada na Superintendência de Polícia Federal no Espírito Santo ter recebido um telefonema de um representante de uma suposta empresa financeira para efetivação de empréstimo consignado de alto valor no banco em que ela é correntista.

Esse representante teria orientado a agente que o dinheiro deveria ser depositado na conta da empresa que o emprestaria novamente a pessoas negativadas, garantido que pagaria o empréstimo e ainda ofereceria a agente um rendimento fixo de 2% ao mês. 

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Segundo a PF, durante a ligação a atendente demonstrou ter acesso a uma grande quantidade de dados pessoais e bancários da policial. No local, a PF encontrou um quadro de avisos com uma meta de lucro de R$ 2 milhões por mês.

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