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Publicado em 7 de fevereiro de 2023 às 16:33
- Atualizado há 2 anos
Referência mundial, o Espírito Santo, que também é líder na produção nacional de rochas, recebe nesta semana a Vitória Stone Fair, um showroom de 30 mil metros quadrados, no Pavilhão de Carapina, na Serra, voltado para os negócios e para a exposição de materiais valiosos, novos e exóticos, que atraem compradores do mundo inteiro. Há peças com acabamentos diferenciados que chegam a custar milhares de reais. >
São cerca de 300 marcas expositoras na edição 2023 da feira, entre representantes das indústrias de extração, processamento e distribuição de rochas naturais, fornecedores de máquinas, equipamentos, ferramentas, insumos e serviços.>
Um dos produtos de destaque é o quartzito. O Brasil é o principal produtor da rocha, que é composta majoritariamente por quartzo, agregada com outros minerais, e tem valor de mercado mais elevado que outros materiais convencionais, como os mármores e os granitos.>
São mais duros do que os granitos, o que, combinado à aparência, com veios, cores e tonalidades variadas, torna grande a sua procura para utilização em pisos, bancadas de cozinha, entre outros, conforme explica o geólogo Leandro Kaut, vendedor da Magnitos, empresa que faz o beneficiamento das rochas em Cachoeiro de Itapemirim. >
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Vitória Stone Fair no Pavilhão de Exposições de Carapina, Serra
“É um material do Sul da Bahia que a gente tira em torno de 250 a 300 metros cúbicos por mês, em blocos, e traz para Cachoeiro, para beneficiar. Já é uma rocha bem conhecida do mercado americano e do mercado chinês e tem bastante cores, exóticas até, como azul, vermelho. Em uma mesma pedreira, a gente tira o Fusion, que é uma cor um pouco mais azulada e esverdeada. Enfim, quartzito é o que tá mais se vendendo atualmente no Brasil.”>
Ele explica que uma chapa com três centímetros de espessura, que é mais buscada geralmente no exterior, chega a custar US$ 240 (aproximadamente R$ 1.239, na cotação atual). “É mais buscado para bancada e ilha de cozinha”. >
No Brasil, em que a procura maior é pelas chapas de dois centímetros, muito utilizadas em revestimentos de piso, paredes e banheiro, o metro quadrado custa cerca de 30% menos, algo em torno de US$ 170, ou R$ 878, na cotação atual.>
Além dos materiais com colorações diferentes, rochas com aspecto translúcido, que podem ser associadas à iluminação para compor efeitos estéticos interessantes, também têm tido grande procura, conforme explica a especialista de marketing da PBA Stones, Vanessa Leite.>
“Temos um quartzito que chama Alexandrita, que tem esse aspecto translúcido. Não é todo mundo que usa, mas ele está sendo muito procurado também, principalmente para decoração. Ele tem algumas partes mais branquinhas, que são cristais, que deixam a luz passar. Como decoração, funciona muito bem em bancada, em parede, piso.”>
Rochas com acabamentos diferentes também chamam a atenção. Maria Clara Zonta, representante de vendas da Brasigran, empresa que atua processamento e comercialização de rochas naturais na Serra, explica que há uma demanda crescente por produtos personalizados, assinados por arquitetos renomados.>
“Aqui (na feira), por exemplo, temos várias peças decorativas, algumas pias que que levam rochas variadas. Uma delas leva dolomita e quartzito, outra mistura quartzito e granito, algumas misturam quartzitos. Às vezes é a mesma rocha, mas as partes têm acabamentos diferentes. Cada uma leva o nome de um arquiteto e tem peças que saem por até US$ 15.000 (R$ 77.892, na cotação atual)”, disse.>
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