O Banestes alcançou em 2020 lucro recorde de R$ 232 milhões, o maior de sua história. A cifra também representa um crescimento de 8,4% em relação ao ano de 2019, quando o banco capixaba alcançou R$ 214 milhões em resultado líquido.
“O ano de 2020 foi um ano complicado. Mas fechamos com mais uma vez um resultado recorde. Mesmo com a pandemia, não deixamos de atender aos nossos clientes. Nós tivemos um aumento na nossa concessão de crédito, fizemos prorrogações de crédito, demos uma carência para novas operações, já vislumbrando que seria um período maior da pandemia”, observou o diretor-presidente da instituição, José Amarildo Casagrande.
O desempenho, segundo apresentação realizada nesta terça-feira (23), é movido pela elevação da margem financeira em 1,9%, por meio ações para redução de despesas da intermediação financeira (-25,3%) e diminuição do custo com risco de crédito (-37,1%), por meio de medidas que tiveram como objetivo, por exemplo, controlar a inadimplência. Essas medidas para redução de despesas, segundo Casagrande, serão continuadas ao longo de 2021.
Também contribuíram para o bom cenário o controle e a racionalização da operação bancária que reduziram as despesas administrativas (-1,2%) e o custo com provisões para contingências (-41,4%), bem como o aumento das operações de seguros, que cresceram em 8,8%.
Os melhores resultados foram alcançados no primeiro e no quarto trimestre, quando o banco obteve lucro superior ao obtido no trimestre imediatamente anterior, mas também em relação ao mesmo período do ano de 2019.
Do total, foram destinados R$ 66 milhões aos acionistas do banco, sendo que, destes, R$ 61 milhões foram repassados ao acionista controlador, que é o Estado, para aplicação em áreas prioritárias definidas no orçamento estadual.
O repasse é menor que em anos anteriores, em função de uma resolução do Conselho Monetário Nacional, do Banco Central, que entrou em vigor em maio passado e limita a remuneração por instituições financeiras em função de possíveis efeitos da pandemia do coronavírus sob o sistema financeiro nacional.
O patrimônio líquido do Banestes alcançou R$ 1,7 bilhão, com avanço de 6,6% em relação a 2019 (R$ 1,6 bilhão). Já a margem financeira chegou a R$ 814 milhões.
Por outro lado, o faturamento bruto da instituição financeira chegou a R$ 2,1 bilhões, com queda de -20,6% na comparação com o resultado obtido no ano anterior. Do total, R$ 507 milhões foram obtidos no quarto trimestre. Segundo a instituição, os resultados mais fracos foram influenciados diretamente pela redução da taxa básica de juros, a Selic, e pelos efeitos da pandemia, que afetou fortemente a economia local.
O faturamento bruto é calculado a partir da soma de alguns componentes, entre eles, as receitas com a prestação de serviços e tarifas bancárias, que somaram no acumulado de 2020 o valor de R$ 353 milhões - queda de 3,4% contra 2019. As atividades com cartões, por outro lado, cresceram 0,4%.
A versão inicial da matéria dizia, no terceiro parágrafo, que o bom desempenho do banco se devia às ações para redução de receitas da intermediação financeira. Na verdade, as ações foram para reduzir as despesas de intermediação financeira, o que ajudou no resultado. O texto foi corrigido.
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