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Agências dos Correios ficam abertas, mas há risco de atraso em entregas

Agências dos Correios ficam abertas, mas há risco de atraso em entregas

Paralisação dos trabalhadores da estatal teve início à 0h desta terça-feira (18) e segue por tempo indeterminado. Categoria reivindica manutenção de acordo coletivo

Publicado em 18 de agosto de 2020 às 16:00

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Correios: funcionários reclamam de falta de máscaras e álcool em gel
Correios: funcionários reclamam de falta de máscaras e álcool em gel. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Apesar da greve anunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Correios, Prestação de Serviços Postais, Telégrafos, Encomendas e Similares do Estado do Espírito Santo (Sintect-ES), as agências dos Correios no Espírito Santo seguem abertas. A paralisação teve início à 0h desta terça-feira (18), após assembleia da categoria. 

Segundo os Correios, ainda estão sendo apuradas informações sobre o número de profissionais que aderiram à paralisação, e novos dados poderão ser divulgadas ainda nesta terça-feira. Atualmente, a estatal conta com cerca de 2 mil funcionários no Estado, muitos dos quais estão trabalhando remotamente devido à pandemia do novo coronavírus. O trabalho deste grupo não será afetado. Apesar disso, ainda não se sabe os efeitos da greve sobre as entregas, que são feitas presencialmente e podem sofrer atrasos.

O presidente do Sintect-ES, Antônio José Alves Braga, frisou que a intenção da categoria não é prejudicar os consumidores, mas que há um risco de atraso nas encomendas. Uma nova reunião será realizada na quinta-feira (20), para avaliar a situação, mas, a princípio, a greve não tem prazo para acabar.

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Depende mais da empresa do que da gente. Não é greve por aumento, mas por garantia dos nossos direitos.

Antônio José Alves Braga
Presidente do Sintect-ES
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“Em plena pandemia, fomos surpreendidos com a retirada de 70 cláusulas do atual acordo coletivo. Com muito custo, nos forneceram máscara e álcool em gel. E agora, momento de boom do e-commerce, em que a empresa anunciou lucro, veio nos dizer que vai reduzir nossos ganhos, tirar direitos. O trabalhador não pode ser o único a se sacrificar.”

DIMINUIÇÃO DE DESPESAS

Em nota, os Correios informaram que não pretendem suprimir direitos dos empregados, e que a empresa propõe ajustes dos benefícios previstos na CLT e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados.

A estatal destacou, porém, que tem como objetivo cuidar da sustentabilidade financeira da empresa e que irá repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Além disso, informou que a diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta aplicadas no país é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da categoria, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período. “Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida”, afirmou, em nota.

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