Marlúcia Butkovsky, que convive há cinco anos com a perda do neto, diz que espera julgamento para fechar ciclo
Marlúcia Butkovsky, que convive há cinco anos com a perda do neto, diz que espera julgamento para fechar ciclo. Crédito: Arquivo AG/ Geraldo Neto

'Não quero ele solto', diz avó de Kauã sobre júri de Georgeval na segunda

Às vésperas do julgamento do único suspeito da morte de Kauã e Joaquim, Marlúcia Butkovsky, avó de um dos meninos, conversou com A Gazeta sobre o luto e a expectativa de fechar um ciclo

Tempo de leitura: 2min
Publicado em 31/03/2023 às 13h04

Marlúcia Butkovsky chegou no hall do prédio onde mora para encontrar com a equipe de A Gazeta com um lenço na mão. A avó de Kauã Sales Butkovsky sabia que não iria conseguir conter as lágrimas ao falar do neto, que morreu em um incêndio junto com o irmão Joaquim Alves Sales, de 3 anos, em 2018, em Linhares, no Norte do Estado.

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Kauã era filho da Juliana Alves Sales com Rainy Butkovsky. Os dois estiveram juntos antes de Juliana conhecer Georgeval Alves Gonçalves em um curso para cabeleireiros. Georgeval, que anos depois virou pastor da Igreja Batista Vida e Paz, é o único suspeito da morte das crianças. Ele era pai de Joaquim e padrasto de Kauã. 

Acusado de ter violentado sexualmente, torturado e colocado fogo nas crianças na madrugada de 21 de abril de 2018 dentro da casa onde a família morava, em Linhares, ele vai à Júri Popular na próxima segunda-feira, dia 3 de abril. Juliana estava fora da cidade naquele fim dia e não há acusações contra ela.

Sobre o julgamento, Marlúcia tem sentimentos conflitantes. “Estou esperando há quase cinco anos por esse dia. Não sei como vai ser minha reação ao ver aquele monstro na minha frente. Mas preciso tentar fechar esse ciclo, desse luto, dessa dor, porque esquecer, eu nunca vou esquecer”, disse.

Veja o depoimento da avó:

Ainda que considere que esse evento poderá por fim a cinco anos de incerteza, ela também teme o que pode acontecer depois da sentença.

“Ele tem que ser condenado a mais de 100 anos. Sei que nossa lei não permite isso. Se ele tiver bom comportamento, ele sai com pouco tempo. E esse homem ainda é novo. Eu não quero ele solto nunca.”

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