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Publicado em 17 de maio de 2023 às 16:12
Assinantes de A Gazeta puderam acompanhar em primeira mão, na manhã desta quarta-feira (17), os dois primeiros episódios da websérie Crimes Brutais sobre o assassinato de Araceli Cabrera Crespo, que completa 50 anos nesta semana. No evento, a crueldade cometida contra a menina, sequestrada, violentada e morta aos 8 anos, e a impunidade em torno do crime foram discutidos, assim como a necessidade de lembrar do caso para reforçar o combate à violência contra as crianças e os adolescentes.>
“Temos que lembrar para não esquecer e para que o mesmo erro não seja repetido. Precisamos lutar por justiça para que a injustiça não paire sobre nós”, afirma a editora-chefe da A Gazeta e CBN, Elaine Silva. >
A discussão contou com a participação dos jornalistas responsáveis pela elaboração do projeto, Aline Nunes, Caroline Rodrigues, Viviane Maciel e Farley Sil, junto dos jornalistas Felipe Quintino e Katilaine Chagas, autores do livro "O Caso Araceli - Mistérios, Abusos e Impunidade".>
A conexão do passado com o presente, também levantada pela websérie, foi discutida no evento, por meio da lembrança de casos recentes semelhantes ao de Araceli. Como a morte dos irmãos Kauã e Joaquim, ocorrida em 2018, em Linhares. >
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“Esquecer também é uma forma de impunidade. Temos que pegar essa história da Araceli para lembrar e propor algo para que essas situações não aconteçam novamente”, aponta Quintino. >
Farley Sil reforçou que um dos focos foi exatamente relacionar momentos diferentes, mas em que aconteceram situações parecidas com as do Caso Araceli. “O passado do Espírito Santo é nebuloso. Acho que esse é um caso de classe. Aqui as pessoas ligam para o sobrenome. E quando você traz o sobrenome, é um peso”, afirma. >
“Ainda exige de nós reflexão. Provoca reflexão dos problemas existentes no Espírito Santo, os quais vivenciamos e vemos até hoje”, reforça a jornalista Aline Nunes. >
No total, a websérie conta com quatro episódios. O trabalho envolveu cinco horas de entrevistas, em que foram ouvidos pessoas ligados à história de Araceli, como o irmão, a professora e uma amiga dela. Além de personagens que acompanharam o crime à época, como jornalistas e um morador que encontrou o corpo da menina.>
Lançamento de websérie reforça importância de lembrar do Caso Araceli
Os dois primeiros episódios exibidos aos assinantes, nesta quarta (17), abordam desde o desaparecimento de Araceli, após sua saída da escola, até o momento em que o corpo da menina foi identificado pelo pai dela.>
“O caso mexe com as pessoas, mas só quem vivenciou e estava envolvido sabe como foi”, explica Caroline Rodrigues.>
A repercussão do assassinato levou a data do desaparecimento de Araceli, 18 de maio, ter sido escolhido como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Criança e Adolescentes. "É um marco de luta. É importante revisitarmos. Nós fizemos uma ação para digitalizar os documentos do caso para não se perder", conta Adriana Peres, coordenadora de Infância e Juventude da Defensoria Pública. >
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