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Família de menino de 5 anos que achou e devolveu R$ 700 recebe ajuda

Família de menino de 5 anos que achou e devolveu R$ 700 recebe ajuda

Após reportagem da TV Gazeta, voluntários se uniram para construir banheiro na casa de diarista que mora com três filhos em um cômodo em Vila Velha e também doaram alimentos para a família

Publicado em 1 de maio de 2020 às 15:41

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A diarista Marta Souza mora com os filhos em uma casa de um cômodo, em Balneário Ponta da Fruta, Vila Velha. (Reprodução TV Gazeta)

Um ato de honestidade de uma família em Vila Velha despertou uma verdadeira corrente de solidariedade. A história do pequeno Arthur, de 5 anos, que encontrou na rua uma mochila com R$ 700 e entregou para a mãe, que fez de tudo para devolver ao dono, foi contada pela TV Gazeta. A atitude e a situação em que a família vive comoveu muita gente, que decidiu ajudar de diferentes formas.

A mãe do menino, a diarista Marta Souza, mora em uma casa de um cômodo no bairro Balneário Ponta da Fruta, com três dos cinco filhos, sem ter nem mesmo um banheiro.

Com a pandemia do novo coronavírus, ela contou que está sem trabalho e a família acabou ficando com a renda comprometida. Mesmo assim, fez de tudo para localizar o dono para devolver o dinheiro – e acabou descobrindo se tratar de um trabalhador que tinha acabado de ser demitido e estava com toda o valor de sua rescisão na mochila.

O vendedor João Batista viu a história na TV Gazeta no dia 16 de abril e se sensibilizou. O que mais chamou a atenção dele foi a honestidade de Marta que, mesmo sem dinheiro, nem chegou a pensar em ficar com o valor encontrado.

Voluntários ajudam família que devolveu 700 reais
Voluntários ajudam família que devolveu 700 reais. (Reprodução TV Gazeta)

“No meio da reportagem, eu fui vendo a questão dela, como estava situação da casa dela, dos filhos. Quando disse que não tinha banheiro, foi aí que me deu [um estalo]: poxa vida, não tem banheiro. Então eu acho que a gente pode conseguir fazer para ela”, contou à reportagem da TV Gazeta, nesta sexta (1º).

Um grupo de voluntários de igrejas e Organizações não Governamentais (ONGs) doou o material de construção, como lajotas, cimento, piso e argamassa, e irá fazer a obra. “A gente sabe que ela precisa de mais coisa. Mas, se outras pessoas puderem estar colaborando, eu acredito que a gente pode fazer algo a mais para ela”, afirma Batista.

A artista plástica Célia Sampaio também decidiu ajudar. “Ela, com a dificuldade que tem, com um monte de filhos, desempregada, e ter a essa honradez de entregar esse valor tão alto – R$ 700 é muito dinheiro nessa conjuntura –, e ela entregar, isso me deixou numa felicidade! Eu chorei muito quando vi a reportagem”, conta.

O armário improvisado de mantimentos de Marta, que também estava vazio, agora está cheio de alimentos que foram doados após a reportagem.

Ainda sem trabalho, ela está à espera do auxílio emergencial de R$ 1.200 que deveria receber do governo federal, mas até agora não saiu. “Eu me cadastrei desde o dia 7, mas estou em análise. Pior é a ansiedade que isso traz, né. Mas, graças a Deus, aconteceu isso e eu estou conseguindo me manter, ganhei as cestas básicas, ganhei ajuda financeira também, então estou conseguindo me virar. Mas eu penso: e o pessoal que não tem? Essa questão da análise, eles poderiam agilizar logo, porque tem muita gente passando necessidade”, afirma.

Sobre o ato de honestidade, Marta destaca que foi uma decisão natural. “É uma coisa que, para mim, é normal eu achar um documento, uma carteira, um dinheiro e devolver”, ressalta.

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