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Espírito Santo é o sexto Estado com menor adesão ao Censo do IBGE. Entenda

Espírito Santo é o sexto Estado com menor adesão ao Censo do IBGE. Entenda

Enquanto no Brasil a taxa da população recenseada está em 63,7%, no ES a taxa de participação na pesquisa está em 56%

Publicado em 9 de novembro de 2022 às 11:53

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IBGE faz primeiro teste preparatório do Censo Demográfico 2022, na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro
IBGE faz primeiro teste preparatório do Censo Demográfico 2022, na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Faltando pouco mais de um mês para o fim do prazo de coleta das informações, o Espírito Santo é o sexto Estado do Brasil com menor adesão ao Censo 2022, que está sendo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Enquanto no Brasil a taxa de população recenseada está em 63,77%, o Espírito Santo teve registro de 56,12% da população que já respondeu o questionário do IBGE. O estado com menor taxa é o Mato Grosso, com 42,72% dos moradores recenseados. Já o Piauí foi o que mais entrevistou a população, com cobertura de 86,08%.

Três municípios do Espírito Santo já tiveram a apuração de dados concluída: Montanha, Mucurici e Água Doce do Norte. E outros 25 estão próximos de concluir, segundo o superintendente estadual do IBGE, Max Athayde Fraga.

Os municípios da Grande Vitória, por exemplo, é onde os recenseadores têm tido mais dificuldade para dar continuidade ao trabalho. Segundo Fraga, isso tem ocorrido porque o número de recenseadores está aquém do que é preciso, tanto é que semanalmente o IBGE tem aberto processos seletivos simplificados e também aumentou a remuneração – que é por produção.

Espírito Santo é o sexto Estado com menor adesão ao Censo do IBGE. Entenda

O Estado tem em atividade 1.654 recenseadores, 45,1% das vagas previstas e um pouco abaixo à média do Brasil, que tem 49,5% de profissionais em atividade.

Dificuldades

Outra dificuldade enfrentada pelos profissionais é conseguir acesso, principalmente em condomínios, por receios relacionados à segurança. “Mas procuramos deixar o morador tranquilo, informando que cada recenseador tem um código de identificação. É só entrar no site, colocar o código e a pessoa consegue ver a informação do profissional e sua foto”, explica.

Localizar o morador em casa é mais um obstáculo na coleta de informações. Em residências com famílias muito pequenas, às vezes as pessoas só são localizadas nos finais de semana e à noite, e nesse horário não querem atender.

“O recenseador vai ter de fazer cinco tentativas em dias e horários diferentes. Se não conseguir, liberamos uma outra área de trabalho para ele. Esses são os chamados moradores ausentes”, detalha.

Recusa

Durante a coleta do Censo, há ainda os moradores que se recusam a receber. Segundo Athayde, o percentual é muito baixo, com cerca de 2,3% dos domicílios que não querem receber a visita. “Esse fenômeno ocorre mais em bairros nobres de Vitória e Vila Velha. Eles não entram em detalhes, só se recusam a responder”, diz.

O professor Ednelson Mariano Dota, do Departamento de Geografia e do Programa de Pós-graduação em Geografia da Ufes, afirma que a recusa historicamente acontece principalmente em áreas nobres e em condomínios cuja circulação não é tão simples.  Ele falou também sobra a questão política, já que a coleta ocorre em período de grande embate eleitoral, questionando se pode ter tido alguma influência. 

Dota destacou ainda sobre a importância da realização do Censo, que está sendo feito dois anos atrasado em relação à programação inicial, devido à pandemia da Covid-19. 

"O Censo é a principal pesquisa para avaliação de políticas públicas em andamento e a partir daí novas serão medidas podem ser pensadas. O Censo também tem o papel da própria atualização da dinâmica demográfica, visto que há menor número de filhos, arranjos domiciliares diferentes em relação há anos atrás e ainda a questão do envelhecimento em andamento. Assim, é possível saber o momento em que estamos para conseguir pensar os desafios para os próximos anos", avalia.

Como confirmar a identidade do agente do IBGE

Os recenseadores estarão sempre uniformizados, com o colete do IBGE, boné do Censo, crachá de identificação e o DMC. Além disso, é possível confirmar a identidade do agente do IBGE no site Respondendo ao IBGE ou pelo telefone 0800 721 8181. Ambos constam no crachá do entrevistador, que também traz um QR code que leva à área de identificação no site. Para realizar a confirmação, o cidadão deve fornecer o nome, matrícula ou CPF do recenseador.

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