1966 - Trabalhadores no canteiro de obra das 101 primeiras casas de Jardim Camburi
1966 - Trabalhadores no canteiro de obra das 101 primeiras casas de Jardim Camburi. Crédito: Antonio Carlos Gemada Sessa Netto

Como Jardim Camburi se transformou em um bairro com cara de cidade?

Mais populoso do Espírito Santo, Jardim Camburi, se fosse um município, estaria à frente da maioria das cidades capixabas em termos de PIB e número de habitantes. Saiba quem foi o "pai" do bairro e as histórias de quem viveu a transformação

Tempo de leitura: 7min
Vitória
Publicado em 11/12/2022 às 15h27

Quando o folclórico empresário José Maria Vivacqua Santos comprou em 1957 um loteamento no final da praia de Maruhype – como a praia de Camburi era chamada na grafia da época –, ninguém imaginava que dali poderia surgir o bairro mais populoso do Espírito Santo.

Ainda sem acessos adequados para automóveis (os carros passavam pela ponte da Passagem e por dentro da Pedra da Cebola) e com o comércio mais próximo só em Goiabeiras, a 5 quilômetros de distância, a área onde hoje está Jardim Camburi não atraía muitos investidores até o final da década de 1970.

Jardim Camburi - 55 anos

Entre 1922 e 1928, casa de Banho construída quando Jardim Camburi era a fazenda de Manoel Nunes do Amaral
Entre 1922 e 1928, casa de Banho construída quando Jardim Camburi era a fazenda de Manoel Nunes do Amaral. Foto clube do Espírito Santo/APEES
1966 - Trabalhadores no canteiro de obra das 101 primeiras casas de Jardim Camburi
1966 - Trabalhadores no canteiro de obra das 101 primeiras casas de Jardim Camburi. Antonio Carlos Gemada Sessa Netto
1966 - Fundação das primeiras casas de Jardim Camburi
1966 - Fundação das primeiras casas de Jardim Camburi. Facebook/Memória Capixaba
1967 - Construção das primeiras 101 casas
1967 - Construção das primeiras 101 casas. Arquivo Rede Gazeta
1967 - Loteamento Jardim Camburi, primeiras 100 casas do bairro
1967 - Loteamento Jardim Camburi, primeiras 101 casas do bairro. Antonio Carlos Gemada Sessa Netto
1967 - Trator atravessa ponto de alagamento durante a construção das primeiras casas
1967 - Trator atravessa ponto de alagamento durante a construção das primeiras casas. Arquivo Rede Gazeta
1967 - Faixa da inauguração do loteamento, durante a gestão do prefeito Setembrino Pelissari (1966-1970)
1967 - Faixa da inauguração do loteamento, durante a gestão do prefeito Setembrino Pelissari. Antonio Carlos Gemada Sessa Netto
1966 - Construção das primeiras casas do loteamento
1966 - Construção das primeiras casas do loteamento. Facebook/Memória Capixaba
1967 - Primeiro loteamento em Jardim Camburi. Lotes à beira-mar foram reservados para consumidores de alto padrão
1967 - Primeiro loteamento em Jardim Camburi. Lotes à beira-mar foram reservados para imóveis de alto padrão. Facebook/Memória Capixaba
1969 - Primeira linha de ônibus a passar pelo bairro, que fazia o trajeto Bairro de Fátima-Centro
1969 - Primeira linha de ônibus a passar pelo bairro, que fazia o trajeto Bairro de Fátima-Centro de Vitória. Antonio Carlos Gemada Sessa Netto
1967 - Visão panorâmica das primeiras casas
1967 - Visão panorâmica das primeiras casas. Antonio Carlos Gemada Sessa Netto
1967 - Estradas até Jardim Camburi não eram asfaltadas, quando chegaram as primeiras casas
1967 - Estradas até Jardim Camburi não eram asfaltadas, quando chegaram as primeiras casas. Facebook/Memória Capixaba
Década de 1970 - Avenida Dante Michelini, na altura de Jardim Camburi
Década de 1970 - Avenida Danta Michelini, na altura de Jardim Camburi. Facebook/Memória Capixaba
1979 - Casas residenciais no bairro Jardim Camburi, tomada do Bairro de Fatima
1979 - Casas em Jardim Camburi, foto feita de Bairro de Fátima. Fernando Sanchotene/IJSN
Década de 1970 - Avenida Dante Michelini, na altura de Jardim Camburi
Década de 1970 - Avenida Dante Michelini, na altura de Jardim Camburi. Facebook/Memória Capixaba
1977 - Avenida Dante Michellini, em Jardim Camburi
1977 - Avenida Dante Michellini, em Jardim Camburi. Arquivo Rede Gazeta
1984 - Praça do Centro Comercial, próximo ao ponto final
1984 - Praça do Centro Comercial, em Jardim Camburi. Gildo Loyola/Arquivo AG
1984 - Construção do conjunto habitacional em Jardim Camburi
1984 - Construção do conjunto habitacional em Jardim Camburi. Ailton Lopes/Arquivo AG
1984 - Parque residencial, em Jardim Camburi
1984 - Parque residencial, em Jardim Camburi. Nestor Muller/Arquivo AG
1989 - Alagamento em Jardim Camburi
1989 - Alagamento em Jardim Camburi. Helo Sant'Ana/Arquivo AG
1990 - Avenida Judith Leão Castello, ainda sem calçamento, em Jardim Camburi
1990 - Avenida Judith Leão Castello, ainda sem calçamento, em Jardim Camburi. Ailton Lopes/Arquivo AG
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi. Edson Chagas/Arquivo AG
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi
2005 - Ampliação da Norte Sul em Jardim Camburi

José Eduardo Vervloet dos Santos, 70 anos

Empresário e filho de José Maria Vivácqua

"Eram duas casas, a casa de lavoura e a de papai. Não tinha estrada, era barro puro. Para ter água, tinha que ter poço artesiano. Era como ir para Guarapari, um lugar de veraneio"

Em 1928, um outro empreendedor, o coronel Manoel Nunes do Amaral Pereira havia tentado transformar a área, que fazia parte da sua fazenda, em um loteamento. No entanto, distante do restante da Capital, a ideia não foi para frente.

O boom de Jardim Camburi foi a partir do final da década de 1960, quando a crise do café mobilizou o governo federal a investir na industrialização. Era o início dos “grandes projetos industriais” do Espírito Santo, com a construção do Porto de Tubarão (1966), as primeiras usinas da Vale (1969), a Aracruz Celulose (1978), hoje Suzano, e a Companhia Siderúrgica de Tubarão (1983), atualmente chamada de ArcelorMittal Tubarão.

Com a expansão urbana, Jardim Camburi se tornou o lar das novas famílias que migraram para Vitória e também das gerações que iniciavam suas famílias naquelas décadas a partir de 1960.

A última contagem oficial do Censo do IBGE encontrou 39.157 habitantes, em 2010. A Associação de Moradores do bairro estima que em 2022 haja 60 mil pessoas. Considerado um “bairro cidade”, Jardim Camburi supera em números a maior parte dos municípios do Espírito Santo. Ainda assim, embora possa se pensar o contrário, nunca houve um pedido oficial ao Legislativo estadual pela emancipação do bairro.

Em 2022, Jardim Camburi comemora 55 anos e A Gazeta preparou um especial com números e curiosidades sobre o “bairro cidade”.

Os boons de Jardim Camburi

Na galeria abaixo, feita com imagens aéreas e de satélites, é possível ver o ritmo de crescimento em Jardim Camburi, com duas significativas explosões demográficas na região. A primeira delas acontece entre 1969 e 1974, na época do chamado "milagre econômico brasileiro".

O contexto era de uma profunda crise do café, então base da economia capixaba. Com os preços das sacas em queda, o governo estadual adotou a política de "erradicação dos cafezais", comprando o café excedente e determinando a queima de cafezais para reduzir o preço.

Esse processo levou a uma aceleração do êxodo rural, com muitos capixabas do campo vindo para a cidade em busca de emprego. A obra do Porto de Tubarão, que foi de 1962 a 1966, era um atrativo para esses trabalhadores.

No cenário nacional, o governo militar queria modernizar a indústria brasileira e botou em prática o Plano Nacional de Desenvolvimento (PND). Apesar do aumento da dívida nacional – que agravou a profunda recessão nos anos 1980 –, o plano possibilitou a construção da primeira usina de pelotização da então Companhia Siderúrgica Vale do Rio Doce (CVRD, hoje Vale) em 1969; a segunda usina em 1973; a Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) em 1983 e a Aracruz Celulose, em 1978. Todos esses grandes projetos levaram uma alta de migrantes do interior e de outros Estados para Jardim Camburi.

Jardim Camburi 1955-2020

Vista de Jardim Camburi por foto aérea em 1955
1955 - ruas do primeiro loteamento, de 1928, estavam abertas, mas região ainda não tinha muitas casas. Imagem permite ver o rio Camburi. Acervo PMV
Vista de Jardim Camburi por foto aérea em 1962
1962 - Novas ruas surgem na paisagem. À esquerda, a pista antiga do Aeroporto, de 146. Acervo PMV
Vista de Jardim Camburi por foto aérea em 1970
1970 - Já é possível observar as primeiras casas. Acervo PMV
Vista de Jardim Camburi por foto aérea em 1998
1998 - No fim dos anos 1990, o bairro já era o maior de Vitória, acompanhado de perto por Jardim da Penha. Acervo PMV
Vista de Jardim Camburi, por satélite, em 2003
2003 - Bairros vizinhos de Jardim Camburi também crescem no início do século XXI. Acervo PMV
Vista de Jardim Camburi, por satélite, em 2007
2007 - Nova pista do aeroporto de Vitória já aparece na paisagem. Acervo PMV
Vista de Jardim Camburi, por satélite, em 2012
2012 - Após o boom do Minha Casa, Minha Vida, número de imóveis residenciais dispara. Acervo PMV
Vista de Jardim Camburi, por satélite, em 2020
2020 - Jardim Camburi, em uma tomada mais recente. Acervo PMV
2020 - Jardim Camburi, em uma tomada mais recente
2020 - Jardim Camburi, em uma tomada mais recente
2020 - Jardim Camburi, em uma tomada mais recente
2020 - Jardim Camburi, em uma tomada mais recente
2020 - Jardim Camburi, em uma tomada mais recente
2020 - Jardim Camburi, em uma tomada mais recente
2020 - Jardim Camburi, em uma tomada mais recente
2020 - Jardim Camburi, em uma tomada mais recente

Criado em 2009, o programa Minha Casa, Minha Vida, com subsídios para aquisição de casa própria, gerou um novo aceleramento no crescimento habitacional de Jardim Camburi. De 2003 a 2020, o número de residências no bairro cresceu de 14.940 para 21.632, uma alta de 44%.

DE BAIRRO "DORMITÓRIO" A BAIRRO "CIDADE"

A carioca Darci Rodrigues Lopes, de 80 anos, viu o bairro crescer desde o início dos anos 1970. Ela veio do Rio de Janeiro para Vitória em 1971, quando o marido assumiu o posto de delegado na capital capixaba. Passou por Jacaraípe e Goiabeiras antes de se adaptar em Jardim Camburi, de onde diz que "só sai morta".

Darci Rodrigues Lopes

Moradora de Jardim Camburi desde a década de 1970

"Quando eu vim, o bairro estava começando, tinha pouco calçamento, alagava muito. Tinha lugares que a gente atravessava em pinguela. Hoje tem tudo aqui por perto, tem shopping, tem banco, dá para fazer de tudo sem sair do bairro. Não troco isso aqui por nada"

O advogado Enock Torres lembra quando comprou seu primeiro apartamento, em 1978, no promissor bairro de Jardim Camburi. Na época, a maioria das casas ficava próximas à Rodovia Norte Sul. Ele, que morava na Praia do Canto, se mudou para o bairro só em 1991. Lá, ele se envolveu com a associação de moradores e foi presidente da entidade em 2013. Para ele, a distância do Centro de Vitória fez com que o bairro se desenvolvesse comercialmente, até ter esse caráter de "bairro-cidade" como é hoje.

Enock Sampaio, morador antigo de Jardim Camburi, em Vitória
Enock Sampaio, morador antigo de Jardim Camburi, em Vitória. Crédito: Ricardo Medeiros

"Até 1991, quando eu vim morar aqui, era um bairro dormitório. As pessoas moravam aqui, mas trabalhavam no Centro, na Praia do Canto, Praia do Suá ou mesmo em Jardim da Penha. Com o crescimento populacional, os comércios que se estabeleceram aqui prosperaram. Hoje temos de tudo, de lojas, supermercados, shopping, faculdade e até a nossa própria companhia de Polícia Militar. Dá muito bem para uma pessoa viver toda a vida dela, de morar, estudar, trabalhar e consumir sem sair do bairro", analisa.

O bairro tem de tudo mesmo. De acordo com dados do Sebrae, são 4.170 estabelecimentos registrados em Jardim Camburi, de 94 nichos diferentes. O ramo com maior abundância na região é o de salões de beleza, com 447 no total. Em segundo lugar vêm as lojas de roupas e confecções, com 444 unidades. Supermercados, são 10 em Jardim Camburi, além de 83 minimercados, armazéns e mercearias.

O PAI DE JARDIM CAMBURI

José Maria Vivácqua dos Santos (à direita, apontando para o mapa): o pai de Jardim Camburi
José Maria Vivácqua dos Santos (à direita, apontando para o mapa do bairro): o pai de Jardim Camburi. De óculos, o então prefeito da capital, Setembrino Pelissari. Crédito: Acervo familiar

Para quem frequenta Jardim Camburi, o nome de José Maria Vivácqua dos Santos não é nada estranho. A avenida que carrega seu nome, também conhecida como a parte norte da rodovia Norte Sul, ligando a BR 101 até a Caixa, é uma das mais movimentadas do bairro. A parte sul da via recebe o nome de Gelu Vervloet dos Santos, primeira esposa de José Maria. O que poucos sabem é que o empresário, que se autoproclamava o "criador" de Jardim Camburi, foi, de fato, uma figura emblemática no início do bairro.

Bem articulado, de conversa fácil e bem-humorado, José Maria era conhecido por suas superstições e também por ser o "criador" de outros bairros importantes do Espírito Santo. Sua carreira começou como dono de uma serraria, na época em que madeiras de lei eram extraídas das matas capixabas. Quando o setor madeireiro começou a esfriar, ele migrou para o ramo imobiliário. Os loteamentos que fez deram início a bairros como Santa Mônica (em homenagem à sua filha Mônica), em Vila Velha; Campo Grande e Jardim América, em Cariacica; e Pedra Azul, em Domingos Martins.

José Eduardo Vervloet dos Santos

Filho de José Maria

"Papai era um visionário. Ele conseguia olhar para onde a cidade ia crescer, isso fez com que ele começasse loteamentos em bairros que se tornaram bem populosos. Em Jardim Camburi, ele teve a visão de na parte de Santa Terezinha deixar 50% do loteamento para áreas verdes e praças. As ruas são mais largas, de 16 metros, para receber transporte público, coisa que naquela época ninguém pensava"

Folclórico, José Maria mantinha atrás da porta de seu escritório um quadro com uma nota de um dólar. Em dias de poucas vendas, ele fazia uma "prece" para a sua nota da sorte. "Ele era muito supersticioso (risos). Ele virava para o quadro, passava a mão na nota e falava: vem dinheirinho, vem. Ele sempre tinha bala no escritório e defendia: 'meu filho, o açúcar acalma o cliente'", lembra José Eduardo, filho do empresário.

Outro costume que José Maria tinha era o de dar brindes para seus clientes. Eram tesouras, facas, entre outros acessórios, mas nunca era "de graça", ainda que fosse simbólico, ele exigia que recebesse ao menos uma moedinha de volta. "Tesoura e faca cortam a amizade, por isso não dou de graça, a pessoa tinha que me comprar, nem que fosse com pouco dinheiro", dizia, segundo seu filho.

À esquerda, José Maria Vivácqua dos Santos, o
À esquerda, José Maria Vivácqua dos Santos, o "pai de Jardim Camburi". À direita, um dos filhos, José Eduardo Vervloet dos Santos. Crédito: Acervo da família

A construção do tradicional hotel Porto do Sol, em 1983, desativado em 2015, também rendeu uma boa anedota para José Maria, contada no antigo jornal Calçadão, em 1999.  Segundo ele, João Dalmaschio, fundador do hotel, procurou José Maria para comprar o terreno. O negócio foi fechado em cinco mil cruzeiros. Quatro dias depois, o comprador disse ter se arrependido e que não iria mais construir o hotel em Camburi.

"Agora você me dá três dias, porque o dinheiro eu já gastei", disse José Maria. Dois dias depois, Dalmaschio quis retomar o negócio, mas levou uma dura do "pai de Jardim Camburi": "agora o preço é de sete mil cruzeiros, para você deixar de ser indeciso".

Cariê Lindenberg
Cariê Lindenberg se dividia entre o jornal A Gazeta e a construtora que ergueu as primeiras casas de Jardim Camburi. Crédito: Guinaldo Nicolaevisky

JARDIM CAMBURI E A FUNDAÇÃO DE A GAZETA

A história do jornal A Gazeta também está vinculada a Jardim Camburi. A fundação do jornal, em 1928, havia sido uma ideia da família Nunes do Amaral, proprietária do primeiro loteamento da região. A proposta era criar um noticiário para que a empresa pudesse anunciar os seus terrenos. Em parceria com o então diretor do jornal Diário da Manhã, Thiers Velloso, foi criado o jornal A Gazeta. Havia até sorteio de lotes em Camburi para os leitores. A imobiliária não deu muito certo, mas o jornal continuou.

Mais tarde, já no segundo loteamento, a construção foi viabilizada graças a um financiamento do extinto Banco Nacional da Habitação (BNH). A obra foi realizada pela Plano Engenharia, que era comandada por Carlos Fernando Monteiro Lindenberg Filho, o Cariê, que foi o responsável por erguer as 101 primeiras casas. À época, Cariê dividia as atenções entre a imobiliária, que assumiu em 1961, e o jornal A Gazeta, que assumiu em 1962.

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