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Publicado em 27 de fevereiro de 2022 às 13:57
Um menino de um ano e oito meses ficou ferido no rosto após ser mordido por um cachorro enquanto almoçava com o pai e a avó em um bar localizado na Praia de Itaparica, em Vila Velha, no início da tarde de sábado (26). >
A avó da criança contou à repórter Juirana Nobres, da TV Gazeta, que o menino estava brincando perto do pula-pula quando, ao ver um caminhão, algo de que sempre gostou, saiu correndo em direção à grade de proteção que divide o espaço com a rua. Nesse momento, foi atacado pelo cachorro, que pode ter sido surpreendido com o movimento abrupto. >
Segundo a proprietária do animal à família, é a primeira vez que o cão, que seria uma vira-lata já idosa, ataca uma pessoa. A tutora levou a família a um hospital privado do município e pagou pela consulta, antes de levar o garoto para tomar a vacina antirrábica em um posto público, onde estava disponível.>
Embora satisfeita com a atitude da dona do animal, a avó da criança criticou a ausência de uma focinheira, que, na visão dela, teria evitado que o neto — que ficou com ferimentos nos lábios e em uma das bochechas, pouco abaixo do olho — se machucasse ou sofresse algum dano mais sério.>
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A proprietária do estabelecimento foi procurada, por telefone, mas não retornou às tentativas de contato até a publicação. A reportagem da TV Gazeta esteve no bar e há uma placa na entrada estabelecendo que, dentro do local, animais necessariamente precisam estar na coleira ou no colo.>
A Prefeitura de Vila Velha foi acionada para esclarecer sobre as regras para permanência de animais em lugares como bares, restaurantes, e semelhantes, e informou que, “as definições nos estabelecimentos ou demais espaços privados são decididas pelo próprio local, desde que obedeça as regras de circulação da cidade.”>
No município, “os animais em vias públicas devem portar coleira de identificação, estar acompanhados de maior de 16 anos e com guia. Se forem de grande porte, devem usar focinheira. É proibido animais nas areias das praias. Toda responsabilidade do animal é do tutor responsável. As denúncias podem ser feitas pelo 162 da ouvidoria", informou a prefeitura.>
A dona da cadela, que pediu para não ser identificada, se pronunciou na tarde deste domingo (27), por meio de nota, e informou que lamenta o acidente, que aconteceu a despeito de todos os cuidados e de ter seguido as normas do estabelecimento, porque o menino teria se aproximado por trás do animal, correndo, e isso o teria assustado. >
"Apesar de todas as normas de segurança terem sido observadas pelos tutores do animal, infelizmente a criança se aproximou desacompanhada, por trás do animal, assustando-o. Lamentamos profundamente o ocorrido e prontamente nos mobilizamos para a resolução do infortúnio.">
Esclareceu ainda que manteve contato com a família, que informou, neste domingo (27), que o menino está bem. Confira a nota na íntegra:>
Ligamos para o restaurante para perguntar se permitiam animais, o que foi prontamente autorizado seguindo as normas de segurança que era manter na guia curta e não circular, o que é suficiente já que as mesas são bem afastadas e o espaço é amplo. Nossa cachorra é de porte médio, vira-lata, dócil, idosa, vacinada, constantemente monitorada por médicos veterinários e nunca apresentou nenhum risco, sempre convivendo bem com outras pessoas e animais. Inclusive, acabou de passar por um check up anual de rotina. >
Ao chegar no restaurante, escolhemos uma mesa muito distante (10m ou mais) de outras mesas para que ninguém se sentisse incomodado. A cachorra ficou presa com os tutores na guia curta, praticamente embaixo da mesa, que estava distante de qualquer outra mesa e a mais de 10m da mesa onde estava a família da criança com a mesma. >
Os atendentes chegaram, atenderam, serviram e a cachorra nunca esboçou nenhum comportamento de ameaça, pelo contrário. >
Em um dado momento fomos surpreendidos pela criança que veio correndo. A criança chegou por trás da cadela e foi com as mãos em direção às orelhas para puxar ou brincar. A cadela se assustou e empurrou ela com a boca aberta o que acabou gerando as escoriações. >
Quando o pai da criança se aproximou e a pegou, notamos as escoriações, socorremos, tentamos pagar a conta da família, pagamos a nossa, nos encaminhamos imediatamente junto com a família para o hospital, pagamos a consulta particular de emergência no valor de R$350,00. Aguardamos na recepção até o final do atendimento. Quisemos ir na farmácia para comprar os remédios, porém eles estavam com pressa. Deixamos então nosso contato para que eles enviassem a nota dos medicamentos posteriormente para que pagássemos, o que já foi feito (no valor de R$46,49), e nos colocamos à disposição. >
Mantivemos contato e mais tarde a família da criança nos ligou para passarmos os nossos dados para a vigilância epidemiológica, o que foi feito. Hoje a família entrou em contato para informar que está tudo bem. >
Apesar de todas as normas de segurança terem sido observadas pelos tutores do animal, infelizmente a criança se aproximou desacompanhada, por trás do animal, assustando-o. Lamentamos profundamente o ocorrido e prontamente nos mobilizamos para a resolução do infortúnio.>
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