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Peça discute relação das pessoas com seus sonhos por meio do folclore

Peça discute relação das pessoas com seus sonhos por meio do folclore

"A Menina Que Queria Ser Estrela" reúne lendas pouco conhecidas no Estado

Publicado em 19 de outubro de 2018 às 17:36

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Segundo conta a lenda indígena que faz parte do folclore brasileiro, a planta aquática vitória-régia é originalmente uma índia que afogou-se ao entrar no rio para beijar o reflexo da lua na água. Com a intenção de valorizar a cultura nacional e estimular o conhecimento infantojuvenil, a história serviu de inspiração para a peça “A Menina Que Queria Ser Estrela”, que apresentada neste sábado (20), no Teatro Universitário, pela Cia. Nós de Teatro, dentro do Circuito Cultural Unimed.

No espetáculo, a menina Vitória sonha em se tornar estrela. Para realizar o desejo, tem a tarefa de decifrar os enigmas da lua, que acabam por levá-la a várias descobertas sobre si mesma, sobre a fauna e o folclore brasileiro. Em sua jornada, Vitória tem o apoio de amigos e enfrenta desafios, que vão da escuta à demanda por coragem de enfrentar a realidade para ir atrás dos próprios sonhos.

No decorrer da peça, surgem histórias do folclore geralmente pouco conhecidas em território capixaba, como a do Capelobo, que possui a aparência de um monstro. Sua lenda é conhecida principalmente em Estados como Maranhão, Amazonas e Pará.

Da região Sul, no outro extremo do país, vem o mito do Sanguanel, também contado na montagem. A lenda vem da imigração italiana comum no Rio Grande do Sul, e envolve a história de um ser pequeno e avermelhado, conhecido por roubar crianças e escondê-las no alto das árvores.

Autoral

Integrante da Cia. Nós de Teatro, que divide as atividades entre Cachoeiro de Itapemirim e Vitória, Brenda Perim assina a direção, dramaturgia e produção em parceria com Marco Antônio Reis. Em entrevista ao C2, Brenda conta que a ideia de trazer à tona histórias pouco conhecidas do folclore surgiu em um projeto de iniciação científica nas Artes Cênicas.

“É um trabalho totalmente autoral. Fizemos junto com o elenco uma pesquisa sobre folclore e encontramos esses mitos menos conhecidos. Pensamos em resgatar essa brasilidade e não só. A trilha sonora, por exemplo, foi feita por estudantes de Música da Ufes, valorizando elementos da cultura local, como a casaca e o tambor de congo”, destaca Brenda.

Formado por Leonardo Dariva, Marco Antônio Reis, Rafael Olidacog e Sami Gotto, o elenco dá vida a oito personagens que lembram seres mitológicos e exploram o sentido lúdico da mensagem da peça.

O Capelobo, por exemplo, é retratado de uma forma mais subjetiva, de modo que fique claro que a figura monstruosa está muito mais presente na maneira como as pessoas contam a história, do que na figura mitológica em si.

“Trabalhamos muito com isso: a forma como esses seres mitológicos são levados às pessoas. Não tratamos os seres de forma literal”, ressalta Brenda.

Desta forma, a companhia busca, acima de tudo, incentivar a criatividade dos pequenos e dos adultos, deixando também uma pulguinha atrás da orelha.

“Como você, enquanto espectador, se relaciona com seus sonhos? É isso que questionamos. A ideia é que as pessoas, inclusive as crianças, tracem paralelos entre a peça e a realidade, para notar como o sonho se transforma ao longo da vida, como abrimos mão das coisas para fazer essa busca.”

A Menina Que Queria Ser Estrela

Quando: Sábado (20), às 14h.

Onde: Teatro Universitário, Ufes, Av. Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras, Vitória.

Ingressos: R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia). Assinantes de A GAZETA têm 50% de desconto no valor do ingresso inteiro. À venda na bilheteria do teatro ou no portal Tudus.com.br.

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Informações: (27) 3335-2953.

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