Publicado em 17 de março de 2021 às 13:51
- Atualizado há 5 anos
A Netflix anunciou nesta terça-feira (16) que doou R$ 3 milhões à APAN (Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro). A empresa fez o depósito por meio do Fapan (Fundo de Amparo a Profissionais do Audiovisual Negro), que auxilia trabalhadores das indústrias de cinema e TV no Brasil. >
O valor deve beneficiar, segundo a Netflix, 875 profissionais autônomos e 275 representantes de empresas com vocação para a produção de conteúdo identitário. As inscrições para receber o auxílio serão abertas a partir de 21 de março, Dia Internacional contra a Discriminação Racial.>
Além desse valor, mais R$ 2 milhões foram destinados à APAN, ao Instituto Querô, ao Instituto Criar e ao Instituto Nicho 54. A ideia é que, com esse dinheiro, eles criem programas de mentoria, treinamento e capacitação de talentos negros em todo o Brasil.>
O serviço de streaming diz que a iniciativa faz parte do compromisso da Netflix de apoiar profissionais e organizações do audiovisual negro e suas permanências no mercado audiovisual, para que assim mais brasileiros possam se ver refletidos na tela.>
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"Vidas negras importam e suas histórias também", diz a empresa em comunicado. "Esperamos que essas iniciativas -somadas a tantas outras que ainda são necessárias- possam reduzir um pouco as desigualdades e fazer com que essas potências, espalhadas pelo Brasil, se encontrem e ampliem suas vozes. Assim, mais brasileiros também poderão se ver refletidos na tela.">
A doação saiu de um fundo de US$ 150 milhões criado pela empresa, que está sendo aplicado em mais de 20 países. Ele foi criado para apoiar o setor audiovisual durante a pandemia de coronavírus em países onde a Netflix tem uma grande base de produção. O Brasil já havia sido beneficiado com auxílio emergencial para profissionais do setor em 2020.>
"Somos a primeira ou talvez segunda geração de criadores pretos brasileiros que têm a oportunidade de derrubar os muros que nos separam de uma narrativa verdadeiramente plural", comentou Rodrigo Antonio, sócio-diretor da APAN. "Palavras como diversidade e representatividade não dão mais conta da multiplicidade da negritude. Nossas histórias são urgentes, ao passo em que mais pessoas querem se ver refletidas em diferentes telas.">
"Ao fortalecermos as narrativas negras, passamos de personagens marcados por estereótipos a protagonistas das nossas próprias histórias", avalia. "Cinema negro não é, nem deve ser tratado como um gênero. É uma revolução.">
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