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Silveira defende qualificação de Mantega para comandar Vale

Silveira defende qualificação de Mantega para comandar Vale

Ministro de Minas e Energia diz que governo tem o direito de participar de decisões sobre empresa como acionista minoritário

Publicado em 19 de janeiro de 2024 às 09:58

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DAVOS, SUÍÇA - O ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) defendeu nesta quinta-feira (18) em Davos as qualificações de Guido Mantega para comandar a Vale.

Ele não quis falar, porém, das gestões do governo Lula (PT) para emplacar o nome do ex-ministro da Fazenda, e afirmou que só haverá posição quando for deflagrado o processo de sucessão de Eduardo Bartolomeo na empresa, no fim deste mês.

"É claro que não é possível ninguém fazer nenhuma imposição à Vale. Agora, é um direito do governo sentar como acionista, mesmo minoritário, para discutir qual a melhor estratégia, a estratégia convergente entre o interesse do acionista e o interesse do país", disse a jornalistas brasileiros durante o encontro do Fórum Econômico Mundial em Davos (Suíça).

"Mas eu quero fazer um registro. O ex-ministro Mantega é o mais longevo no cargo de ministro da Fazenda [de 2006 a 2015] da história da República. É alguém extremamente preparado, professor universitário, que reúne todas as condições."

Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda
Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda. (Agência Brasil)

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) articulam entre os acionistas a indicação de Mantega para a presidência da Vale. Um caminho seria o ex-ministro ocupar antes um dos dois assentos que a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, tem entre os 13 do conselho de diretores.

Ao falar da Vale, Silveira, cuja base eleitoral é Minas Gerais, criticou ainda a manutenção que a empresa faz das barreiras nas áreas de mineração, e voltou a afirmar que o governo vai examinar todas as concessões de direitos minerários no país, sem dar mais detalhes. Ele disse que não descarta revisões.

O ministro também voltou a falar dos subsídios para o consumidor na conta de luz, frisando que o governo estuda um mecanismo para reduzir o valor ao cidadão, não um pagamento às empresas geradoras.

"Nós seremos extremamente cuidadosos com relação a novos subsídios, o que nós precisamos é achar soluções viáveis economicamente", afirmou. "Uma coisa é a conta de energia, outra coisa é subsidiar fontes energéticas."

Silveira encerrou ontem com mais um painel sobre transição energética sua participação no encontro anual do fórum, onde defendeu o Brasil como destino de investimentos que prezem a energia limpa e a ideia do governo de fazer uma migração "justa e inclusiva" para o novo modelo - o que significa, diz ele, evitar uma ruptura brusca com os combustíveis fósseis.

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Nesta sexta, ele visita uma fábrica de biodiesel na região de Zurique antes de voltar ao Brasil. As ministras Marina Silva (Meio Ambiente) e Nísia Trindade (Saúde), que completam a delegação do governo Lula em Davos, retornaram na quarta-feira.

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