Publicado em 9 de novembro de 2020 às 16:54
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, nesta segunda-feira (9), que o mercado de trabalho não terá recuperação tão rápida quanto a atividade econômica após a pandemia do novo coronavírus.>
O titular da autoridade monetária disse, em evento virtual promovido pela revista The Economist, que a aceleração tecnológica durante a crise foi tão rápida que impactou a alocação de mão de obra, especialmente de trabalhadores informais.>
"O consumo está se recuperando e o PIB [Produto Interno Bruto] também, mas o mercado de trabalho não. Isso porque a tecnologia avançou tão rapidamente que não deu tempo de alocar os trabalhadores em algum lugar", destacou.>
"A pandemia trouxe mudanças no padrão de consumo. Alguns vão voltar ao que eram antes, outros não", ponderou.>
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Campos Neto ressaltou que não há espaço fiscal para mais programas do governo de combate aos efeitos da pandemia em economias emergentes, principalmente no Brasil.>
"O governo tem que fazer mais programas, o que significa mais gastos, e nos leva à questão: temos espaço fiscal para isso? Provavelmente a resposta, pelo menos nos emergentes, especialmente no Brasil, é não", declarou.>
Segundo Campos Neto, a sociedade tem demandado uma recuperação sustentável e inclusiva.>
Em seu ponto de vista, o crescimento econômico dos próximos anos terá de ser fomentado com dinheiro privado.>
"Estamos perdendo dinheiro em portfólio porque as taxas [de juros] estão cada vez menores, mas estamos ganhando em investimento no setor real", comparou.>
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