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Mães embalam até 14 horas de trabalho em maratonas no ES

Mães embalam até 14 horas de trabalho em maratonas no ES

Rotina é intensa para conciliar carreira e cuidados com os filhos

Publicado em 12 de maio de 2019 às 00:21

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A dentista Cicilia Carvalho e seus filhos Lucas, 4 anos, e Miguel, 7 anos. (Carlos Alberto Silva)

Mônica engravidou aos 18 anos e precisou driblar o preconceito na época, por ser muito jovem. Cláudia foi mãe solteira aos 22 anos e precisou cuidar do filho sozinha. Isabella abriu mão do trabalho por alguns anos para aproveitar ao máximo a primeira infância da filha. Já Cicilia trabalhou muito durante a gestação.

Cada uma tem sua história para contar, sempre cercada de amor, dedicação e cuidados com as crianças. Além de serem mães, ainda lidam com o desafio de cuidar da casa e serem profissionais bem-sucedidas. Mas garantem que, mesmo com a correria diária e a jornada de trabalho que chega a 14 horas diárias, todo o tempo que estão com os filhos é precioso.

Na avaliação da psicóloga Fernanda Carvalho, carreira e filhos têm o mesmo grau de importância na vida de uma mulher, por isso é preciso equilibrar os dois papéis. Escolher entre um ou outro pode ser um erro.

“Não é preciso abdicar de um lado e, sim, dividir cada tarefa. As mulheres se cobram muito, o tempo inteiro, e acabam se sentindo culpadas por não conseguirem, muitas vezes, darem conta de tudo. É preciso entender que cada coisa tem o seu lugar. O grande desafio é o equilíbrio entre o tempo, a energia e a emoção. O segredo é exercitar o estado de presença, ou seja, focar no que está fazendo naquele momento, seja no trabalho, seja no cuidado dos filhos”, comenta.

Cicilia Carvalho, de 35 anos, chega a trabalhar 14 horas por dia para dar conta dos dois consultórios que possui em Vila Velha, mas sem se descuidar dos filhos. “Trabalhei muito durante a gestação e continuo trabalhando intensamente. No entanto, quando estou em casa, foco totalmente nos meus filhos, até salão de beleza marco quando eles estão na escola. Em meio à essa correria, tento passar para o Miguel e Lucas a satisfação que tenho em trabalhar”, conta.

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Não existe atalho para sucesso e prosperidade em papéis tão importantes. Eles sempre vão exigir da mulher esforço, foco e determinação

Martha Zouain, psicóloga
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RENÚNCIAS

 

Mônica Alves Pereira Ribeiro, 40 anos, ficou grávida aos 18 anos. Jovem e inexperiente, ela precisou buscar forças para encarar o preconceito, que era grande, e teve de abrir mão dos estudos. Seu sonho de ter uma graduação foi adiado, mas ela não desistiu e conseguiu se formar depois que o filho Rafael já estava adolescente. Hoje, pedagoga, Mônica trabalha em uma faculdade particular.

“Superei vários obstáculos, sempre com dedicação e comprometimento. Procuro ensinar aos meus filhos que tudo se consegue por meio do trabalho e que sempre há possibilidade de melhorar”, conta.

Já Cláudia Coelho precisou renunciar temporariamente do convívio com as filhas para investir na carreira. Na época se sentia culpada, mas hoje avalia que o sacrifício valeu a pena. “Tenho duas filhas incríveis que entendem a real noção do trabalho e do dinheiro”, orgulha-se.

A psicóloga Martha Zouain aponta que é preciso ter uma atitude positiva para manter a harmonia, além de desenvolver competências como planejamento e organização para conciliar as muitas tarefas.

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“É fundamental que a mulher fique em paz com as escolhas feitas. É preciso compreender que mais importante que a quantidade de tempo dedicado, é a qualidade dele. Não existe atalho para sucesso e prosperidade em papéis tão importantes e desafiadores. Eles sempre exigem muito esforço, foco e determinação”, comenta.

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