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Guedes diz que programa de emprego para jovens terá crédito extraordinário de até R$ 3 bi

Guedes diz que programa de emprego para jovens terá crédito extraordinário de até R$ 3 bi

O uso de crédito extraordinário para bancar os custos do programa, também conhecido como "BIP" em 2021 foi antecipado pelo Broadcast do jornal Estadão em maio

Publicado em 30 de julho de 2021 às 14:47

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O ministro da Economia, Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes. (Isac Nóbrega/PR)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou nesta sexta-feira (30) que o programa para impulsionar a geração de empregos entre jovens, chamado de BIP, será bancado por meio de crédito extraordinário, que fica fora do teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à inflação. Segundo ele, será um crédito de baixo valor, entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões.

O uso de crédito extraordinário para bancar os custos do BIP em 2021 foi antecipado pelo Broadcast em maio.

"É o caso ainda de enfrentamento da pandemia, porque a incidência de desemprego foi muito forte sobre esses jovens. Mas é um crédito extraordinário relativamente baixo", disse Guedes em entrevista a jornalistas na sede do Ministério.

Segundo ele, o serviço social voluntário - iniciativa a ser lançada pelo recém-criado Ministério do Trabalho e Previdência para permitir o emprego dessa mão de obra no setor público - também viria no mesmo regime.

O BIP seria um bônus de R$ 275 mensais pago ao jovem de 18 a 29 anos que ingresse em uma das vagas específicas do programa. Outros R$ 275 seriam pagos pela empresa que admite o jovem trabalhador.

A partir de 2022, o BIP seria bancado com recursos do Sistema S, mas essa proposta enfrenta resistência das entidades. O texto ainda não foi votado pelo Congresso Nacional.

A equipe econômica espera criar "mais de 2 milhões de empregos" com a iniciativa.

Na entrevista, o ministro também destacou que o objetivo do governo na reforma do Imposto de Renda é reduzir a carga sobre as empresas. No texto, o governo propôs reduzir o IRPJ e retomar a cobrança de imposto sobre lucros e dividendos distribuídos à pessoa física, com uma taxa de 20%.

A taxação de lucros e dividendos enfrenta resistências, e a equipe econômica já concordou em manter isentos os valores repartidos por micro e pequenas empresas do Simples Nacional.

"Os super-ricos pagam zero no IR alegando que já pagaram na empresa. Estamos dizendo que se (o lucro) ficar na empresa, vai pagar menos. Se for para o sócio, vai pagar (tributo sobre lucros e dividendos)", disse Guedes. "Enquanto o dinheiro estiver na empresa, criando emprego, renda, inovações, investimentos, o imposto é de 20%. É dos mais baixos do mundo. Vamos tentar levar para 20%. Vai levar para 21,5% nos primeiros dois anos, mas a ideia é levar para 20%", disse.

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