> >
Governo deve rever PIB de 2020 se surto de coronavírus persistir

Governo deve rever PIB de 2020 se surto de coronavírus persistir

Nos últimos dias, agentes do mercado financeiro já começaram a reavaliar as perspectivas de crescimento da economia brasileira deste ano diante dos possíveis efeitos gerados pela doença nas cadeias de produção e nas trocas comerciais

Publicado em 6 de fevereiro de 2020 às 19:35

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
As projeções do governo para o crescimento do PIB deste ano podem ser revistas se o surto do novo coronavírus persistir. (Divulgação)

As projeções do governo para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano podem ser revistas se o surto do novo coronavírus persistir, afirmou nesta quinta-feira (6) o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida.

Nos últimos dias, agentes do mercado financeiro já começaram a reavaliar as perspectivas de crescimento da economia brasileira deste ano diante dos possíveis efeitos gerados pela doença nas cadeias de produção e nas trocas comerciais.

Até o momento, entretanto, a equipe econômica não fez mudanças em suas previsões. A estimativa mais recente foi divulgada no meio de janeiro, quando a projeção oficial de crescimento para este ano foi revisada de 2,32% para 2,40%.

"Com as informações que temos hoje, estamos seguros da previsão. Se passar mais um mês, dois meses e a situação continuar aí, tem que ser reavaliado", disse Sachsida à reportagem. "Hoje, agora, não tem mudança. É 2,40% e fica do jeito que está. O que acontece é que se essa situação se expandir, não só o alcance, mas a duração, aí tem que ser revisto".

As projeções econômicas elaboradas pela secretaria servem de base para as avaliações do andamento da política fiscal. Se houver uma expectativa pior para a atividade, por exemplo, a equipe econômica deve reduzir as estimativas de arrecadação de impostos.

Esses cenários são levados em conta nas avaliações bimestrais que servem de base para que o governo decida se precisa cortar ou não verbas de ministérios.

Com o surto do novo coronavírus, economistas preveem um crescimento menor neste ano para a economia chinesa, que paralisou parte de sua produção nas últimas semanas com o objetivo de conter o avanço da doença. A desaceleração no país pode gerar pressão negativa para a atividade global e afetar o Brasil.

Para este ano, a Secretaria de Política Econômica aposta na continuidade da agenda de ajuste fiscal para viabilizar a recuperação da economia.

Relatório divulgado nesta quinta-feira (6) pelo órgão do Ministério da Economia traz como meta a redução da má alocação de recursos do governo. Entre as medidas tratadas como prioritárias, estão as reformas tributária e administrativa.

De acordo com o documento, a reforma do serviço público elaborada pelo governo visa reduzir as distorções dos salários do setor público. A proposta ainda não foi apresentada.

"Ao invés de, como hoje, incentivar escolhas ineficientes de carreiras em função do pagamento de um prêmio salarial artificial, a nova estrutura de salários e carreiras do setor público tornará os incentivos mais adequados à alocação de talentos onde eles têm maior vocação", diz o relatório.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais