Publicado em 4 de junho de 2020 às 08:45
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, sugeriu que governos continuem implementando medidas de estímulos fiscais, com objetivo de garantir crescimento econômico sólido após a recessão provocada pelo novo coronavírus. "Esta é uma crise como nenhuma outra, a maior desde a Grande Depressão", definiu ontem durante evento virtual organizado pelo jornal The Washington Post. >
Georgieva explicou que 127 países terão contração na atividade econômica este ano, com provável recuperação parcial em 2021. Segundo ela, nesse contexto, a comunidade internacional deve trabalhar para expandir as transformações digitais e, com isso, reduzir desigualdades. "Vamos ter um mundo com mais dívida, déficit e desemprego", projetou.>
Sobre emergentes, a diretora afirmou que os bancos centrais dessas economias dispõem de reservas internacionais consideráveis, como resultado das ações tomadas após a crise financeira de 2008.>
Segundo Georgieva, os países que foram prudentes durante o período de prosperidade tiveram menos dificuldades durante a pandemia, porque contaram com acesso a mercados de crédito. "Por conta das ações decisivas em economias avançadas, há liquidez no mundo", disse.>
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Georgieva ressaltou que, em teleconferência realizada na terça-feira pela manhã, ministros das Finanças do G-7 discutiram a situação de países pobres e reafirmaram o compromisso com o programa do G-20 para suspensão do pagamento de passivos, para os quais 73 países estão elegíveis. Logo após a reunião, o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, emitiu nota dizendo que o grupo vai trabalhar em cooperação com o FMI e com o Banco Mundial. Ele disse que que espera "progressos significativos" já na reunião de julho.>
Georgieva lembrou que o Fundo desembolsou cerca de US$ 260 bilhões de sua capacidade de US$ 1 trilhão em empréstimos este momento, com financiamento emergencial até agora concedido a 63 dos 189 países que pediram ajuda desde o início de março. >
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