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Bolsa reduz ritmo de queda após acionar circuit breaker

Bolsa reduz ritmo de queda após acionar circuit breaker

Operações vão ficar paradas por 30 minutos. Mercado já previa nova queda ao ver que o Ibovespa nos EUA estava em desvalorização de 14% nesta manhã. É a 5ª paralisação em duas semanas

Publicado em 16 de março de 2020 às 09:51

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Chegada do coronavírus derrubou projeções de crescimento no mundo todo . (studio.nws)

Em mais um dia que promete ser tenso no mercado financeiro a Bolsa de Valores de São Paulo abriu em queda. Logo com 24 minutos de operação a bolsa caiu 12,53% e ativou o ‘circuit braker’ – suspendendo as operações por 30 minutos. A queda vem depois de uma forte alta no pregão da última sexta-feira (13), quando a o índice Ibovespa fechou em alta de 13,91%. Após a paralisação, a Bolsa chegou atingir 14% de queda, mas as perdas reduziram o ritmo, fazendo com que o mercado opere com baixa de 9,93 às 11h50.

O motivo da queda, mais uma vez, é o coronavírus e seus impactos na economia mundial. Nesta segunda-feira (16), as ações caíram mesmo depois que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) reduziu sua taxa de juros para quase zero (zero a 0,25%), uma vez que os investidores continuaram preocupados com a possibilidade de as medidas de emergência não serem suficientes para evitar uma recessão causada pela pandemia de coronavírus.

A queda não está sendo observada somente no Brasil. Pouco antes de 7h45, os índices futuros do mercado americano cediam mais de 4%, e os negócios foram paralisados, sinalizando um dia difícil em Nova York.

As Bolsas da Ásia e Europa também vivem novo dia de pânico e operam em queda nesta segunda-feira (16). As baixas acontecem mesmo após os estímulos anunciados na véspera pelo Fed, Banco Central dos EUA, que cortou a taxa de juros americana para próximo de zero para movimentar a economia apesar da crise do coronavírus.

Já existia nesta manhã a expectativa de que a Bolsa de São Paulo ativasse o “circuit braker” logo cedo.

A Europa, centro da pandemia do coronavírus, viu o índice Stoxx 600 despencar quase 8% na abertura do pregão. Já índices futuros S&P 500, de Wall Street, chegaram a cair 5% em um intervalo de 15 minutos durante a madrugada. O Ibovespa negociado nos EUA caía 14% às 8h13 desta segunda.

Na Ásia, o índice CSI 300, que reúne as Bolsas de Xangai e Shenzen, fechou em queda de 4,3%. O índice Nikkei, de Tóquio, caiu 2%, mesmo após o banco central japonês anunciar medidas de estímulo dos mercados.

DÓLAR VOLTA A OPERAR PERTO DE R$ 5,00

O dólar abriu a segunda-feira (16) em alta de cerca de 3%, a R$ 4,98, em uma reação dos mercados à decisão do Fed (banco central americano) de cortar para perto de zero para enfrentar os efeitos econômicos do coronavírus.

Logo após os primeiros negócios, a moeda desacelerava para R$ 4,95.

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O mercado financeiro teme que o surto da doença cause danos severos à economia global e, por isso, busca ativos seguros. As Bolsas americanas e a brasileira devem abrir em forte queda nesta segunda, mesma direção dos mercados europeus.

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