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Caixa espera que 60% do auxílio emergencial seja usado antes do saque

Caixa espera que 60% do auxílio emergencial seja usado antes do saque

O banco tem segurado os recursos após o crédito em conta, liberando os usuários a apenas pagar boletos e fazer compras digitais

Publicado em 26 de junho de 2020 às 14:41

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A Caixa vai começar a depositar no sábado (27) o pagamento da terceira parcela do auxílio emergencial de R$ 600 e, desta vez, espera que 60% dos recursos sejam usados pela população antes de serem sacados. O banco tem segurado os recursos após o crédito em conta, liberando os usuários a apenas pagar boletos e fazer compras digitais.

Aplicativo Caixa Tem onde o beneficiário recebe o auxílio emergencial
Aplicativo Caixa Tem onde o beneficiário recebe o auxílio emergencial. (Siumara Gonçalves)

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que R$ 2,6 bilhões dos recursos liberados foram usados em compras de débito virtual até agora e que esse uso deve crescer com a terceira parcela.

"Nossa expectativa é que, nesse próximo pagamento, mais de 60% do volume já seja consumido antes da necessidade do saque", disse em live nesta sexta-feira (26). "O volume aumentará sensivelmente", afirmou.

Quando o beneficiário recebe o recurso em sua conta digital, é liberado para pagar contas, como de água, luz e telefone. Também é possível gerar um cartão de débito virtual para fazer compras pela internet, aplicativos e sites de estabelecimentos credenciados.

Por meio do aplicativo Caixa Tem, o usuário também pode pagar nas lojas físicas, apontando a câmera do celular para o QR Code gerado pelas maquininhas para um pagamento digital.

A Caixa tem segurado os recursos depositados nas contas digitais, impedindo o saque ou transferência para outros bancos por algumas semanas, e Guimarães justifica a medida como uma forma de evitar aglomerações nas agências.

O mesmo valerá para a liberação emergencial de R$ 1.045 do FGTS, que pode (dependendo da data de nascimento) demorar mais de dois meses entre o depósito e a liberação para saque ou transferência.

"Todos os pagamentos a partir de agora, com exceção do Bolsa Família, serão realizados assim. O pagamento será na conta digital e algumas semanas depois [a pessoa] poderá sacar ou fazer transferência. Qual o racional? Minimizar aglomerações", afirmou.

Guimarães não se aprofundou na explicação para impedir transferências para outros bancos, procedimento que não demanda presença física em agências.

Os créditos em poupança digital da terceira parcela do auxílio emergencial iniciam no sábado para quem recebeu a primeira parcela até o dia 30 de abril. Serão contemplados os nascidos em janeiro e fevereiro e os depósitos continuam ao longo da semana até o dia 4 de julho conforme o mês de aniversário.

Os saques em dinheiro estarão disponíveis só a partir de 18 de julho (exceto para os beneficiários do Bolsa Família, que poderão sacar antes). A terceira etapa obedece ao calendário publicado na quinta-feira (25) pelo Ministério da Cidadania.

Também no sábado a Caixa fará o pagamento de novo lote da segunda parcela do auxílio emergencial. São 8,7 milhões de beneficiários que receberão um montante de R$ 5,5 bilhões em benefícios. Ainda haverá pagamentos para quem não recebeu nenhum recurso. O banco creditará R$ 700 milhões no total referentes ao quarto lote da primeira parcela, para 1,1 milhão de beneficiários.

Aprovado pelo Congresso em março e com início em abril, o pagamento do auxílio emergencial é feito para trabalhadores sem renda por causa da pandemia de coronavírus e envolve informais, MEIs, contribuintes individuais do INSS, inscritos no CadÚnico e beneficiários do Bolsa Família.

Na noite de quinta-feira (25), em live, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes (Economia) anunciaram que haverá ampliação do programa. Os novos pagamentos, porém, serão menores, de R$ 500, R$ 400 e R$ 300.

O presidente da Caixa disse que a decisão sobre os valores de pagamentos adicionais do auxílio emergencial é do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes. O Congresso tem pressionado para que o pagamento continue e em valores mais altos dos que os estudados pelo governo.

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