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Brasil chega a 12 unicórnios, startups que valem mais de US$ 1 bi

Brasil chega a 12 unicórnios, startups que valem mais de US$ 1 bi

A Vtex, que oferece soluções de ecommerce a grandes companhias, recebeu na segunda aporte de R$ 1,25 bilhão em uma rodada de financiamento

Publicado em 29 de setembro de 2020 às 21:29

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O Brasil passou a contar com 12 unicórnios depois do último grande investimento em uma startup nacional. Nesta segunda (28), a Vtex, que oferece soluções de ecommerce a grandes companhias, recebeu aporte de R$ 1,25 bilhão em uma rodada de financiamento. Com isso, a startup passou a valer mais de US$ 1,7 bilhão e entrou na lista dos unicórnios brasileiros elaborada pela Distrito.

Inteligência artificial e tecnologia
Empresas de base tecnológica podem se tornar unicórnio, dependendo do valor de mercado. (Pixabay)

Unicórnio é o nome dado a empresas de base tecnológica cujo valor de mercado ultrapassa US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões). Os recursos na Vtex vieram dos investidores de tecnologia Tiger Global e Lone Pine.

É a segunda startup nacional que atinge essa marca em 2020. A primeira foi a Loft, do setor de imóveis, em janeiro deste ano.

Diferentes metodologias definem quais empresas viram unicórnios. De acordo com a Distrito, uma empresa que conecta investidores e startups e promove inovação no setor por várias frentes, um dos fatores é que a startup seja independente de maiores organizações. Isso explica por que a sua lista não considera a PagSeguro, por exemplo, que cresceu sob comando do Grupo UOL.

São unicórnios, segundo a Distrito, que tem estudo sobre o assunto em parceria com a consultoria KPMG, as empresas 99, Nubank, Arco Educação, Stone, Movile (dona do iFood), Gympass, Loggi, Quinto Andar, Ebanx, Wildlife e Loft.

Agora, a Vtex, que oferece serviços a 3.000 marcas globais, como Coca-Cola, AB InBev, Motorola, Sony, Walmart e Nestlé, entra para o grupo. Nos últimos dez meses, a companhia arrecadou recursos de outros fundos, como Constellation, Endeavor Catalyst e SoftBank, que levaram seu financiamento total para US$ 365 milhões no período.

Fundada no Rio, em 2000, a empresa tem uma plataforma de comércio colaborativo que integra comércio digital, marketplace e recursos de gerenciamento de pedidos, dando suporte para que grandes marcas tenham melhor desempenho nas vendas on-line. A empresa diz que a adoção do serviço durante a pandemia cresceu 98%, acompanhando o boom do ecommerce.

A startup tem escritórios em 16 países, mais de 850 funcionários e clientes ativos em mais de 42 países. Em comunicado ao mercado, a Vtex afirma que os fundos da rodada serão usados para fazer aquisições, contratar pessoas e acelerar o crescimento em regiões como Estados Unidos, Europa e Ásia-Pacífico.

A startup também planeja fechar 2020 com um aumento de 114% no crescimento ano a ano e um recorde de US$ 8 bilhões em volume bruto de mercadorias.

No último mês, a Vtex anunciou o recebimento de um investimento série C de US$ 225 milhões, dez meses após receber um valor de série B de US$ 140 milhões (as séries aumentam de acordo com a maturidade da empresa). De acordo com Gustavo Araujo, cofundador da Distrito, a rodada foi 43% mais rápida do que a média das startups nacionais e 31% mais veloz do que a mediana do mercado.

"Nos últimos 24 meses, 50 startups captaram rodadas de série B no Brasil. Destas, somente seis já voltaram ao mercado e captaram mais recursos para financiar as suas estratégias de crescimento. Caso o comportamento do mercado seja semelhante ao que aconteceu no passado, devemos ter cerca de 46 companhias captando uma nova rodada de financiamento nos próximos meses", afirma.

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