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Bolsonaro diz que vai manter auxílio emergencial se pandemia continuar

Bolsonaro diz que vai manter auxílio emergencial se pandemia continuar

Presidente reforçou que deve apresentar uma medida provisória reformulando programas sociais e que o benefício médio do novo Bolsa Família deve subir 50% ou mais, diante da inflação

Publicado em 30 de julho de 2021 às 14:28

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Presidente Jair Bolsonaro
Presidente Jair Bolsonaro afirmou que, se a pandemia da Covid-19 permanecer no Brasil, o governo federal planeja manter o auxílio. (Marcos Correa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que, se a pandemia da Covid-19 permanecer no Brasil, o governo federal planeja manter o auxílio emergencial para a população. "A gente espera que, com a vacina e com a questão da pandemia sendo dissipada, não seja mais preciso isso (auxílio emergencial) mas, se porventura continuar, nós manteremos o auxílio emergencial", declarou o presidente, sem dar maiores detalhes, em entrevista à 89 FM (SP), na manhã desta sexta-feira (30).

A fala representa uma mudança de discurso do chefe do Executivo, que durante todo o ano passado criticou o beneficio, à época, no valor de R$ 600. Bolsonaro inclusive chegou a declarar que gostaria de destinar o valor usado para pagar o auxílio para o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, investir em obras públicas. Em diversas declarações, Bolsonaro argumentou que manter o auxílio "quebraria o País", e que o governo não poderia manter o benefício por muito tempo pois ele só aumentava a dívida da União. A resistência do Executivo em estender o auxílio, mesmo com valores mais baixos, levou o benefício a ser suspenso nos primeiros três meses do ano.

Apesar da possibilidade de extensão, conforme o presidente avalia, a "economia formal está indo bem", mas benefícios como auxílio emergencial e o Bolsa Família devem ser analisados, uma vez que gastam grande quantidade de dinheiro público. "Temos que pensar nisso, e gastar dinheiro nisso, ou se endividar, o que é a palavra mais correta, para atender aos mais necessitados até que a economia volte a ser normalizada", declarou Bolsonaro, que afirmou que hoje terá mais uma reunião com a Economia onde será acertado o novo valor do Bolsa Família.

Bolsonaro reforçou que o governo deve apresentar até o início de agosto uma medida provisória (MP) reformulando programas sociais e que o benefício médio do novo Bolsa Família deve subir 50% ou mais, diante da inflação. Hoje, o Bolsa Família paga, em média, cerca de R$ 190 por família. Com 50% de reajuste, esse valor chegaria a R$ 285.

Com tom otimista para a vacinação, o chefe do Executivo manteve a promessa feita pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de que a vacinação no País deve ser finalizada até o final do ano. "Nossa programação foi bem feita e está sendo executada", afirmou o presidente. Mesmo reconhecendo o progresso da campanha de vacinação nacional, Bolsonaro reiterou que a imunização não será obrigatória à população.

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