Publicado em 23 de janeiro de 2019 às 20:00
Depois de três anos com as demissões superando as contratações no Estado, o que resultou no fechamento de 83,5 mil postos de trabalho entre 2015 e 2017, o Espírito Santo voltou a criar vagas com carteira assinada em 2018. De janeiro a dezembro do ano passado, o saldo de abertura de empregos foi 17.455, número que não era positivo desde 2014.>
O saldo (que é a diferença entre admissões e demissões) de 2018 no Estado ficou próximo ao de 2013, período pré-crise quando foram abertas 19.799 vagas. Desde então, os números do mercado de trabalho capixaba não eram tão bons. Em 2014, o saldo foi de 10 mil vagas, e nos três anos seguintes foi negativo: -43,8 mil em 2015, -37,9 mil em 2016 e -1,8 mil em 2017.>
Os números, do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged), foram divulgados nesta quarta-feira (23) pelo Ministério da Economia e mostram que essa recuperação também se deu a nível nacional. No ano passado, o país criou 529 mil empregos formais, melhor número desde 2014.>
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O saldo de empregos do ano tanto no Estado como Brasil, no entanto, está longe de recuperar todas as perdas do período de recessão, apontam os especialistas, já que o número ainda não é bom o suficiente para reverter o cenário de desemprego, que segue em alta. >
Setor de serviços puxa retomada>
O principal setor responsável pela recuperação dos números do emprego no Espírito Santo foi o de serviços, um dos que mais sofreu com a crise e promoveu demissões em função da queda do consumo. Só as atividades de serviços abriram no ano passado 8.965 novas vagas com carteira assinada no Estado.>
Dentro do setor, os destaques foram os serviços da área imobiliária e de suporte técnico; de hotéis, alimentação e manutenção; nas áreas de transportes e comunicações; e na de serviços médicos, odontológicos e veterinários.>
Outros setores que foram fortemente impactos pela recessão, o comércio e a construção civil também mostraram recuperação na geração de novas vagas. No ano passado, os comércios capixabas abriram 3.628 empregos formais, com amplo destaque para o segmento varejista, que sozinho abriu 2,7 mil vagas, impulso dado pela abertura de dezenas de supermercados Estado afora.>
Já o setor de construção, que nos últimos anos fez poucos lançamentos de empreendimentos imobiliários, começou a retomar projetos em 2018, o que resultou na abertura de 3 mil empregos com carteira.>
A indústria de transformação criou 1.647 vagas. Com desempenho mais fraco, mas ainda com resultados positivos, ficaram os setores de agropecuária (com saldo de 171 vagas), serviços de utilidade pública (166) e administração pública (155). O único setor que mais demitiu que contratou no Estado em 2018 foi o extrativo mineral, que fechou 284 vagas.>
Serra é o município campeão na abertura de vagas>
Entre os municípios, o destaque na criação de postos de trabalhos formais no Estado foi a Serra, cidade que, sozinha, abriu 5.178 vagas em 2018, quase um terço do saldo positivo do Estado.>
Na sequência, as cidades de destaque foram Cariacica (saldo de 2.182 vagas), Vila Velha (2.076), Vitória (1.606), Linhares (1.365) e Aracruz (941).>
Na ponta inversa, o município que mais demitiu foi Cachoeiro de Itapemirim, que fechou 726 empregos. Também tiveram saldo de vagas negativos São Gabriel da Palha (-254), Colatina (-16) e Alegre (-3).>
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